TRAGÉDIA EM SP

De DNA a exames dentários: saiba como vítimas de queda de avião serão identificadas

Protocolo de Identificação de Vítimas de Desastres é baseado em procedimentos internacionais da Interpol

Redação Folha Vitória

Foto: Rebeca Schumacker/Estadão

O acidente aéreo que vitimou 62 pessoas em Vinhedo, São Paulo, nesta sexta-feira (9), mobilizou uma operação complexa de identificação das vítimas. 

Até agora, 21 corpos foram resgatados e, segundo o governo do estado, 12 já chegaram ao Instituto Médico Legal (IML) da capital, com dois identificados por meio de impressões digitais. 

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A identificação precisa e respeitosa das vítimas é garantida através do protocolo DVI (Disaster Victim Identification), que abrange uma série de técnicas como análise de DNA, datiloscopia (impressões digitais) e exames odontológicos.

Quais são as técnicas usadas na identificação?

1. Datiloscopia: impressões digitais

A datiloscopia é uma das primeiras etapas para identificar vítimas, quando possível. As impressões digitais são comparadas com registros oficiais, como documentos de identidade, para confirmar a identidade da pessoa.

2. Análise de DNA

Nos casos em que a identificação pelas impressões digitais não é possível, a análise de DNA se torna essencial. O material genético das vítimas é comparado com amostras fornecidas por familiares. Até agora, 25 famílias já realizaram a coleta de material genético para auxiliar nesse processo.

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3. Exames odontológicos

Exames odontológicos também são uma ferramenta crucial, principalmente quando os outros métodos não são viáveis. A comparação de registros dentários pode fornecer uma identificação precisa, especialmente em situações onde os corpos estão muito danificados.

Fases do Protocolo DVI

O protocolo DVI é dividido em quatro fases principais:

Pré-desastre: Coleta de informações sobre as vítimas antes do acidente.
Durante o desastre: Recolhimento de dados diretamente dos corpos das vítimas.
Local do desastre: Análise e coleta de evidências no local do acidente.
Pós-desastre: Comparação e análise dos dados coletados para a identificação final.

Apoio às famílias das vítimas

As famílias das vítimas estão sendo acomodadas em um hotel em São Paulo, onde recebem suporte psicológico e social. A Defesa Civil e outras equipes especializadas estão disponíveis para oferecer assistência adicional. 

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No Instituto Oscar Freire, em São Paulo, familiares podem apresentar documentos médicos, odontológicos e radiológicos que possam ajudar na identificação das vítimas.

*Com informações do Portal R7.

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