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PM preso por entrar em reality show fala pela primeira vez: "Honro a profissão"

O policial militar Fellipe Villas foi solto na última segunda-feira (12) após ficar preso no Quartel de Maruípe, em Vitória, por descumprir normas militares

Redação Folha Vitória

Foto: Reprodução/ Balanço Geral

O soldado da Polícia Militar Fellipe Villas, participante do reality show “A Grande Conquista”, da Record, saiu da prisão por meio de alvará de soltura na última segunda-feira (12) e falou, pela primeira vez, em uma entrevista exclusiva, para o programa Balanço Geral, da TV Vitória. 

O militar apresentou um laudo psiquiátrico que o dispensou por 90 dias da corporação. No entanto, após os 30 dias de afastamento, Fellipe havia sido convocado para avaliar sua condição mental, como determina a legislação, mas não compareceu. Por conta disso, o policial teria cometido o crime de deserção, segundo a PM. 

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Sobre o ocorrido, o soldado afirmou que a culpa foi de seu advogado, que não o informou sobre a necessidade de se apresentar para a corporação. 

"Eu já estava com problema psicológico e já tinha um afastamento da PM, mas eu teria que validar esse atestado na Junta Médica, mas o advogado não me informou. No contrato da Record eu poderia sair do programa em caso de saúde e eu contava com isso também, de poder sair, resolver e voltar", explicou. 

Fellipe Villas foi preso em São Paulo, logo após ser retirado do programa, e depois transferido para o Espírito Santo. Ele contou que nove policiais o levaram preso assim que ele saiu do reality. 

"Eles me chamaram em um cômodo, que é uma sala de votação. Eu fui do jeito que eu estava: de short, chinelo, boné e sem camisa. Uma pessoa do programa me comunicou que eu precisaria sair. Eu pedi para me despedi das pessoas lá dentro, mas por causa do protocolo do programa eu não pude. Eu saí na porta e tinha nove policiais de São Paulo me aguardando. A Corregedoria me aguardou para fazer a minha prisão", contou o soldado. 

O militar disse que “não conseguia parar de chorar" durante sua prisão e que nunca havia tido problemas antes com a corporação. 

"Eu honro a minha profissão. Quando eu estava no reality sempre me preocupei com a imagem da corporação, também elogiava as belezas naturais do Estado. Eu não fui como policial, fui como Fellipe", afirmou. 

Durante o tempo que ficou preso, Fellipe descreveu que o ambiente era considerado “muito pesado”. “Eu achei o ambiente pesado, convivi com pessoas com crimes muito agressivos em São Paulo”. 

Foto: Record/Reprodução

Mesmo em liberdade, Fellipe continuará respondendo o processo pelo crime de deserção. No âmbito administrativo, um Conselho de Disciplina foi instaurado e segue em andamento, o que poderá ocasionar na demissão do soldado.

“Eu preciso me afastar um tempo para cuidar da saúde mental, mas se a corporação permitir eu gostaria de voltar a atuar como policial. Sempre foi meu sonho”, destacou. 

Durante a entrevista para o apresentador Michel Bermudes, do programa Balanço Geral, da TV Vitória/Record, Fellipe disse que não manchou a imagem da Polícia Militar. 

"Não manchei a imagem da PM. Eu trabalho há cinco anos com o Instagram. Eu fazia postagens fardado e nunca tive problemas com a polícia por isso. Eu sempre tomei cuidado com as minhas postagens e também tomei cuidado no reality", defende-se.  
Foto: Record/Reprodução/Reprodução/Instagram @fellipevillas

Por que Fellipe Villas foi expulso de “A Grande Conquista”?

A Polícia Militar do Espírito Santo esclareceu que Fellipe estava de férias quando entrou no programa. Ele deveria ter retornado ao serviço em 15 de maio.

No prazo final das férias, o militar apresentou um laudo psiquiátrico que o dispensou por 90 dias, conforme informou o órgão.

Após 30 dias de afastamento, Fellipe havia sido convocado para avaliar sua condição mental, como determina a legislação, mas não compareceu.

Por conta do ocorrido, o policial cometeu o crime de deserção. Segundo a produção do programa, Fellipe foi encaminhado à Polícia Militar para prestar esclarecimentos e foi preso. Após a prisão em São Paulo, ele foi transferido para o Espírito Santo. 


 






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