Moradores que residem na região que foi afetada por um incêndio de grandes proporções na Vila Rubim, em Vitória, na última sexta-feira (20), permanecem sem energia elétrica. A área está interditada desde o dia do incêndio que atingiu um galpão de produtos de couro, o que acabou impossibilitando o restabelecimento da eletricidade.
A loja estava sem alvará dos bombeiros desde 2017. Uma perícia do Corpo de Bombeiros acontece nesta terça-feira (24) para tentar identificar as causas do incêndio.
Por conta do bloqueio, a energia elétrica foi desligada para não trazer riscos para os moradores e para equipes do bombeiros que trabalham no local do incêndio.
A EDP Espírito Santo informou, por meio de nota, que “a área está interditada pelo Corpo de Bombeiros e a concessionária está aguardando a liberação para restabelecer a energia na região“.
PREJUÍZOS
O empresário Tannous Sassine, de 73 anos, dono de uma fábrica de roupas, contabiliza prejuízos financeiros, já que não consegue usar as máquinas para a produção dos vestuários desde o dia do incêndio.
“Estamos com a atividade zero porque a nossa indústria de roupas só funciona com a eletricidade. Abrimos a loja só para receber clientes ou para atender ao telefone. Mas as atividades de produção estão paradas”, disse.
MEDO
A falta de iluminação na região traz medo para quem passa pelo bairro, principalmente no período da noite, como é o caso da filha da moradora Tânia Araújo, de 58 anos. “Fica uma escuridão à noite e você não sabe quem está andando na rua. A minha filha vai para a faculdade com medo”, disse.
Além do medo, o incêndio trouxe problemas de saúde para neta de Tânia. Segundo ela, o forte cheiro de fumaça na região está comprometendo a saúde da menina. “A minha netinha de 10 anos é alérgica e está tossindo demais. Ela fala que está sentindo queimação na garganta. Muito difícil isso, né?”, desabafou.
IMÓVEIS INTERDITADOS E PESSOAS DESALOJADAS
No último sábado (21), um dia após o incêndio, a Defesa Civil realizou uma avaliação estrutural de risco no comércio e decidiu interditar oito imóveis próximos ao local. O órgão contabilizou 70 pessoas desalojadas até o momento.
Um prédio de dois andares é o que deve demorar mais tempo para ser liberado. Ele fica bem ao lado do imóvel incendiado e apresenta uma grande rachadura.