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CPI marca depoimento de PM que atirou em cachorro em Guarapari

Caso o policial não compareça nas próximas sessões, ele será obrigado a comparecer à Assembleia Legislativa por meio de força policial

Redação Folha Vitória

Foto: Divulgação | CPI Maus-tratos

A CPI dos Maus-Tratos da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) marcou para o próximo dia 28 de setembro, o depoimento do subtenente da reserva da Polícia Militar de Minas Gerais, Anderson Carlos Teixeira, de 52 anos, suspeito de atirar e matar o cachorro Churros em Guarapari.

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A oitiva está marcada às 10h, no Plenário Dirceu Cardoso, na Assembleia Legislativa e de acordo com a deputada estadual Janete de Sá, que é presidente da CPI, a audiência precisou de um prazo maior, considerando que o suspeito saiu do Espírito Santo.

Policial não apareceu para depor na primeira sessão da CPI

Anteriormente, a CPI dos Maus-Tratos havia marcado a primeira sessão para a última quarta-feira (13). Na ocasião, o policial havia sido convocado para depor, mas não compareceu.

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À época, a deputada Janete explicou que, apo´s não comparecer na primeira sessão, o suspeito seria convocado novamente e se na terceira convocação ele não comparecesse, seria obrigado a comparecer à Assembleia Legislativa por meio de força policial.

"Nós vamos convocá-lo para mais duas sessões. E, na ausência do autor dos disparos, nós vamos entrar com um pedido de condução coercitiva, para que ele seja obrigado, por força policial, a comparecer à sessão para prestar os devidos esclarecimentos à sociedade capixaba e do país. O Ministério Público, por sua vez, também vai fazer uma notificação ao autor dos disparos para que ele compareça à reunião da CPI", afirmou a deputada.

CPI divulgou vídeo do dia do crime

A CPI dos Maus-Tratos também divulgou o vídeo do momento exato em que o disparo atinge o animal. Nas imagens, é possível ver Anderson, de camisa amarela e bermuda vermelha, andando na calçada. Após atravessar a rua, ele dá de frente com o cachorro, da raça golden retriever.

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O animal pula no policial e os dois se afastam. O homem abre a pochete e depois disso não é possível mais ver a ação.

Em outro trecho do vídeo, o animal aparece cambaleando na rua e Iasmin surge empurrando um carrinho em que estava a filha dela, de apenas 1 ano.

O marido dela também aparece nas imagens e os dois seguem pela rua assustados com o que aconteceu. A criança de 12 anos, irmã de Iasmin, viu tudo e aparece chorando pela calçada.

A família socorreu o cachorro e o levou para uma clínica veterinária. Devido aos fortes ferimentos, o animal precisou receber várias bolsas de sangue. Com o tiro, os órgãos internos ficaram debilitados. Apesar do procedimento, Churros não resistiu aos tiros e morreu.