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Criança torce pé, pode amputar e paga milhões em hospital; entenda

Pais de Yuri Gabriel, de 5 anos de idade, fizeram vaquinha, mas o valor ainda não é suficiente para pagar o hospital; menino segue internado em estado grave

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Instagram/yuri.gabriel_2018/Reprodução
A tala usada na perna do pequeno Yuri fez o membro gangrenar.

O caso do Yuri Gabriel, de 5 anos de idade, mudou a vida da família dele.

O menino havia sido levado para o hospital no fim de julho após pisar de mau jeito ao pular do sofá. No local, a criança recebeu o diagnóstico de que precisaria amputar a perna.

Embora tenha conseguido recuperar o membro direito, Yuri está internado em estado grave há mais de 40 dias e ainda pode perder o pé.

De acordo com o Trendsbr, a família acumula dívida de R$ 3 milhões por conta da internação. Para conseguir arcar com essa despesa, foi criada uma vaquinha virtual em nome de Yuri Gabriel.

VAQUINHA 

A história da criança gerou uma onda de apoio nas redes sociais.

O menino recebeu ajuda de celebridades como Carlinhos Maia, Deolane Bezerra, Meno Kabrinha, Charles do Bronxs e atletas, como Lucas Moura e Rodrigo Nestor.

Segundo a CBN, até o momento a família já conseguiu arrecadar mais de R$ 1,6 milhão em doações de famosos e anônimos.

Os pais Kened dos Santos, de 28 anos de idade, e sua esposa Tamires Ribeiro, de 22, criaram uma conta nas redes sociais para compartilhar a história de Yuri e pedir apoio na forma de orações.

Sua jornada ganhou milhões de seguidores e a família expressou gratidão pelas mensagens de apoio, orações e contribuições financeiras que estão ajudando a custear o tratamento médico.

"Deus colocou pessoas maravilhosas no nosso caminho, podendo nos ajudar financeiramente e carinhosamente com mensagens positivas e orações", disse o pai do menino em entrevista ao G1.

ENTENDA CASO

Yuri Gabriel mora no Guarujá, litoral paulista. Segundo A Tribuna, o pequeno Yuri Gabriel estava brincando com o primo quando caiu sobre a perna direita e passou a sentir fortes dores.

Ele passou por duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e por um hospital municipal, onde o médico decidiu colocar uma tala na perna do garoto.

Foto: Instagram/yuri.gabriel_2018/Reprodução
O menino de 5 anos está internado há mais de 40 dias no Hospital Israelita Albert Einstein, em SP.

Na mesma unidade de saúde, ele foi diagnosticado com comprometimento nos pulmões e foi internado. A criança ficou apenas quatro dias no hospital municipal. 

Como havia suspeita de que a perna direita estivesse com problema de circulação de sangue, já que estava fria ao toque, os pais decidiram levar Yuri para o Hospital Israelita Albert Einstein, na cidade de São Paulo. 

Para conseguir internar o menino na famosa unidade hospitalar, o pai precisou pagar R$ 130 mil antecipadamente, de acordo com o jornal.

No Albert Einstein, a equipe médica descobriu que o garoto estava com pneumonia bilateral e, após passar um período entubado, está ligado a uma máquina de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO, na sigla em inglês). 

Em relação à perna gangrenada, os médicos conseguiram recuperar a circulação dela, por meio de cirurgia e anticoagulante heparina, mas o pé direito ainda corre risco de amputação.

ABUSO

Foto: Reprodução/Twitter

Um caso perturbador abalou profundamente o cenário esportivo francês nas últimas semanas.

Angélique Cauchy, uma ex-tenista francesa de 36 anos, fez um depoimento chocante revelando que foi vítima de abusos sexuais recorrentes por parte de seu treinador, Andrew Gueddes, desde a idade de 12 anos.

Ela afirma ter sido submetida a quase 400 episódios de abusos ao longo dos anos. Essas revelações foram apresentadas perante uma comissão que investiga “falhas operacionais no seio das federações desportivas” na França.

De acordo com o R7, a comissão foi estabelecida em julho deste ano para investigar casos sistemáticos de abusos contra jovens atletas no país.

O testemunho de Angélique levou à condenação de Andrew Gueddes a uma pena de 18 anos de prisão em 2021 por estupro e agressão sexual contra quatro meninas com idades entre 12 e 17 anos.

“Eu disse a ele: ‘Não, não deveria, não está certo. Eu não quero’. Ele me disse: ‘Sabe, isso acontece muitas vezes nas relações treinador/treinado’”, contou Angélique, que disse ter ficado “paralisada” durante os abusos.

Após os estupros, ela enfrentou "pensamentos sombrios" na época e chegou a considerar o suicídio.

Conforme o Le Figaro, como aconteceu com tantas outras vítimas de Gueddes, a ex-tenista foi levada a uma residência onde os abusos eram frequentes.

“Foram as duas piores semanas da minha vida. [...] Ele me estuprava três vezes ao dia. Na primeira noite, ele me pediu para ir ao quarto dele, e eu não fui. E então ele veio até o meu. Foi pior. Eu estava presa, não podia sair quando quisesse e depois tive que ficar no local onde aconteceu”, revelou.

Devido à rotina de treinamento, a ex-atleta era obrigada a ficar no alojamento do centro de treinamento. Já sabendo que seria estuprada, ela conta que decidiu pelo caminho que seria "menos pior".

De acordo com o R7, nas noites seguintes ao primeiro abuso, era ela quem percorria “aqueles treze passos que separavam do quarto dele para ir e ser estuprada”.

E como se não bastasse a rotina de abusos, Angélique ainda revelou que o treinador chegou a dizer que era portador do vírus HIV e que teria passado a ela.

"Vivi entre os 13 e os 18 anos pensando que tinha Aids”, contou. No entanto, ela nunca teve um diagnóstico positivo para a doença.

A comissão encarregada de investigar os abusos sexuais contra jovens atletas franceses deverá continuar até dezembro. Outros esportistas que, como Angélique, enfrentaram experiências semelhantes, também devem prestar depoimento.

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