ES vai contratar 72 brigadistas para atuar no combate às queimadas
Além do reforço dos novos brigadistas temporários, também terá um sistema de monitoramento ambiental em tempo real
O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) vai contratar 72 brigadistas temporários, que atuarão nas unidades de conservação (UCs) e nas áreas ao redor, no combate às queimadas e ao desmatamento ilegal
Além disso, um novo sistema de monitoramento em tempo real será implementado pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), através da Central de Monitoramento de Florestas (CMF) do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf).
“O Iema segue no trabalho de preservar nossa biodiversidade. Estamos vivendo um período seco e de intenso calor, onde qualquer faísca pode se transformar em tragédia. É essencial que todos nós façamos nossa parte e evitemos qualquer tipo de queimada. Não é só uma floresta que queima, é o nosso futuro”, ressaltou o diretor-presidente do Iema, Mário Louzada.
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A nova ferramenta permitirá a vigilância contínua de toda a vegetação do Estado e ajudará na rápida detecção de focos de incêndio.
“O sistema Brasil Mais ampliará nossa capacidade de monitoramento. Atualmente, cobrimos 15% do território, mas agora, teremos 100% de cobertura em tempo real, o que é essencial em um cenário onde mais de cinco mil hectares já foram queimados e com 71 municípios em situação crítica de estiagem”, afirmou o governador Renato Casagrande durante coletiva de imprensa na sede do Idaf.
A nova ferramenta tem o potencial de detectar desmatamento ilegal e focos de incêndio em áreas a partir de 9 metros quadrados, o que facilita uma intervenção rápida.
“Essa tecnologia é um divisor de águas. Vai permitir que o Espírito Santo seja mais ágil na proteção de nossas florestas e no combate ao fogo, garantindo uma resposta mais eficaz”, ressaltou o secretário de Meio Ambiente, Felipe Rigoni.
Ele destacou ainda que o sistema ajudará no acompanhamento de projetos de reflorestamento, monitorando a recuperação das áreas desmatadas ao longo dos anos.
Além do monitoramento diário e da emissão de alertas, o sistema será uma peça-chave na gestão ambiental do Estado, permitindo que os gestores tenham dados detalhados sobre as condições do solo, identificando mudanças e fornecendo informações valiosas para a criação de políticas públicas focadas nas mudanças climáticas.
De acordo com o diretor do Idaf, Leonardo Monteiro, a Central de Monitoramento de Florestas, que já realiza levantamentos mensais sobre desmatamento e queimadas, será fundamental para a operação do novo sistema.
“Somos pioneiros no Brasil com essa estrutura. Nenhum outro estado possui um centro com a mesma qualidade e precisão de dados que estamos alcançando. Essa nova ferramenta vai fortalecer nosso trabalho de fiscalização e combate ao desmatamento”, explicou.
Durante a coletiva, Casagrande também anunciou a contratação de máquinas para a construção de aceiros, importantes para evitar a propagação do fogo nas UCs. Mário Louzada, diretor-presidente do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), alertou para o papel crucial da população neste cenário.
“Estamos em um período de seca e calor intenso. É fundamental que cada um faça sua parte para evitar queimadas, porque não é só uma floresta que se perde, mas o futuro de todos”, pontuou.