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Idosa atacada por cão na Serra teve a filha assassinada e cuidava de 3 netos

Dulcelina Firmino de Oliveira, que bateu a cabeça no asfalto e morreu, morava com as crianças na casa da mãe, em Lagoa de Jacaraípe

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Imagens das câmeras de segurança

A cozinheira Dulcelina Firmino de Oliveira, de 60 anos, que morreu após cair e bater a cabeça no asfalto, em uma rua do bairro Lagoa de Jacaraípe, na Serra, era responsável por três netos menores de idade.

A filha dela foi assassinada pelo companheiro. A idosa morava com as crianças na casa da mãe.

Segundo vizinhos, Dulcelina estava reformando sua casa, onde iria morar com os netos. As crianças agora ficarão sob os cuidados da bisavó.

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Ataque de cão

O caso ocorreu no dia 31 de agosto. Dulcelina passeava na rua com seus três cães, da raça shih-tzu, quando um cachorro de grande porte, sem coleira, se aproximou dela e avançou contra os animais.

Para defender os cães, Dulcelina teria tentado puxá-los para perto dela, mas acabou caindo de costas em mais uma das investidas do cão de grande porte.

Logo após a queda, os tutores do cão maior chegaram ao local para tentar conter o animal. Dulcelina foi amparada por vizinhos, que a ajudaram a se levantar.

"Naquele momento nós prezamos muito pela vida dela. Vi ela caindo e e não imaginávamos a seriedade do caso", contou o vizinho Merivan Pereira.

Veja o vídeo:

Apesar de não ter sofrido fraturas, exames demonstraram que Dulcelina havia sofrido uma luxação no cóccix, e depois de passar por procedimentos para tratar a lesão, foi liberada para voltar para a casa.

A idosa voltou a se sentir mal na última quarta-feira (4) e foi levada para o hospital, onde foi constatada uma lesão nos rins, que comprometia o funcionamento dos órgãos.

A vítima permaneceu internada no hospital até o sábado (7), dia em que morreu. O enterro aconteceu neste domingo (8).

A perícia estuda a possibilidade de a lesão nos rins ter sido causada pela queda ou pelo movimento que a idosa realizou ao puxar os cachorros para perto de si.

A Prefeitura da Serra informou, por meio de nota, que os tutores são responsáveis por danos causados por seus animais e que a lei prevê regras sobre a circulação dos animais em locais públicos, o que exige o uso de coleira e focinheira.

"A mesma lei também prevê regras sobre a circulação de animais em locais públicos. Entre as proibições estão sair com os animais, sobretudo de raças de grande porte, acompanhado por menores de 16 anos ou incapaz de controlá-lo; passear com o animal sem guia, coleira e focinheira. No caso de descumprimento da lei, a pena pode ir desde advertência à apreensão do animal, conforme o caso", afirmou a prefeitura por nota. 

*Com informações do repórter Rodrigo Schereder, da TV Vitória/Record