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Motociclista fica ferido por linha de pipa na Segunda Ponte

Segundo ele, no momento em que percebeu se tratar de uma linha possivelmente chilena ou com cerol, seu maior instinto foi tentar proteger a esposa

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

O motociclista Roberto Buerquer ficou ferido após ser atingido por uma linha de pipa enquanto trafegava pela Segunda Ponte, no sentido Vila Velha. Ele estava acompanhado da esposa. 

De acordo com ele, os dois seguiam para o aniversário de um amigo em Vila Velha, quando a linha teria atingido a viseira do capacete que ele usava. O material teria corroído a proteção e feriu Roberto no nariz, entre os olhos. 

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"Eu estava indo com minha esposa ao aniversário de um amigo e quando passei pela alça, eu olhei para o lado, quando voltei já tinha uma linha no meio do caminho, que agarrou no capacete. Foi quando eu percebi que era uma linha de pipa. Era muito resistente, devia ser uma linha chilena", contou Roberto, que é escafandrista.  

Segundo ele, no momento em que percebeu se tratar de uma linha possivelmente chilena ou com cerol, seu maior instinto foi tentar proteger a esposa, para que ela também não se cortasse. 

Roberto contou que pela altura em que a esposa estava em relação a ele, caso a linha tivesse a atingido, o ferimento poderia ser fatal. 

"Eu falei para minha esposa que era uma linha de pipa, ela se escondeu atrás de mim. A linha foi serrando o capacete e conseguiu jogar ela para cima, para soltar, mas o estrago já estava feito, porque se eu estivesse com a viseira aberta, poderia ter custado a vida da minha esposa, porque a altura em que ela estava, com certeza pegaria no pescoço dela", disse.  

A esposa de Roberto, a artesã Michelly Ruy Buerquer, relatou que o rosto do marido ficou completamente ensanguentado após o corte e que não sabia o que fazer para ajudá-lo. 

Roberto ainda conseguiu pilotar a moto para um local seguro para que ambos pudessem pedir ajuda. 

"Eu me lembro de com sangue no rosto e eu perguntando a ele se estava cego. Foi uma cena horrível, o rosto dele coberto de sangue, o olho cheio de sangue, e eu não sabia o que fazer", relatou. 

O casal conseguiu pedir ajuda a um amigo, Felipe Mendes, também escafandrista, que foi até o local socorrer ambos. 

"Eu recebi a ligação dela, chorando, muito nervosa, avisando que eles tinham sofrido um acidente com linha de pipa. Na hora eu fiquei muito nervoso, não cheguei a perguntar o que de fato havia acontecido, peguei minha moto e cheguei muito rápido. Graças a Deus cheguei lá. Eu imaginei o pior, mas ainda bem que tinha pego em cima do capacete", afirmou. 

De acordo com Felipe, o local onde o acidente ocorreu é conhecido pela grande quantidade de pessoas que empinam pipas. Segundo ele, é necessário haver uma maior fiscalização. 

"Alguma fiscalização ou algum sistema que impossibilite essa linha de cair na ponte, isso já vai ajudar muito", disse.  

 Diferença entre linha chilena e cerol

A diferença principal entre os dois tipos é que o cerol é feito de cola e cacos de vidro. Já a linha chilena é feita de madeira, silício e quartzo. Apesar da diferença nas fórmulas, ambas são proibidas no Espírito Santo. 

Quem for pego comercializando ou fabricando os produtos poderá pagar multa. Além disso, há leis municipais que proíbem a fabricação de linha chilena e cerol. 

A Prefeitura de Vila Velha informou que na cidade há programas e projetos de conscientização sobre o tema. 

*Com informações da repórter Larissa Barcelos, da TV Vitória/Record