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Número de incêndios em 2024 no ES já supera todo o ano passado

O período mais crítico compreende os três últimos meses. São 1.758 incêndios entre julho e setembro, contra 640 no mesmo período em 2023, um aumento de 175%

Carol Poleze

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/TV Vitória

Os incêndios em vegetações do Espírito Santo este ano são tão severos que, em nove meses, já superaram o número total de incêndios contabilizados durante os 12 meses de 2023. 

De janeiro até o dia 15 de setembro, foram 2.851 incêndios, enquanto durante todo o ano passado foram 2.765. Os dados são do monitoramento da Gerência de Estatística Operacional, da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp).

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O período crítico começou em julho, quando as queimadas aumentaram de forma aguda. De julho até setembro deste ano, os incêndios aumentaram 175% em relação aos mesmos três meses de 2023. 

Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

Para se ter uma ideia, julho, até o momento, foi o mês que mais contabilizou: 688 atendimentos de incêndios em vegetação. Julho de 2023 foi bem diferente: 267 casos.

Somando os três últimos meses, são 1.758 incêndios, contra 640 no mesmo período em 2023, um aumento de 175%.

Foto: Divulgação/Sesp

Já foram registrados incêndios em Guarapari, Itapemirim (monumento do Frade e Freira), Linhares, Colatina, Pancas e o mais recente, nas proximidades do Mestre Álvaro, na Serra.

O cenário das queimadas se agrava com a situação de estiagem no Espírito Santo, com 71 dos 78 municípios capixabas em estado crítico, de acordo com o Governo do Estado. 

Foto: reprodução de video

Para intensificar o combate às chamas, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) vai contratar 72 brigadistas temporários para atuarem em unidades de conservação. 

Além disso, um novo sistema de monitoramento de queimadas em tempo real será implementado no Estado, que permitirá emissão de alertas de desmatamento ilegal. 

“O Iema segue no trabalho de preservar nossa biodiversidade. Estamos vivendo um período seco e de intenso calor, onde qualquer faísca pode se transformar em tragédia. É essencial que todos nós façamos nossa parte e evitemos qualquer tipo de queimada. Não é só uma floresta que queima, é o nosso futuro”, ressaltou o diretor-presidente do Iema, Mário Louzada.