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Projeto prisional no ES produz pipas e promove brincadeiras

A oficina foi montada dentro da unidade que fica em São Mateus, no Norte do Espírito Santo, onde são produzidas cerca de 500 pipas por mês

Redação Folha Vitória

Foto: Divulgação/Governo ES

A Unidade Prisional de São Mateus está produzindo pipas e promovendo uma forma das crianças que se interessam pelo brinquedo aproveitar com segurança. 

A oficina foi montada dentro da unidade, onde são produzidas cerca de 500 pipas por mês. Desde a implantação do projeto, em abril do ano passado, mais de dez mil pipas foram confeccionadas. Para a produção, são utilizadas fibras de policarbonato, linha, além de papel de seda e cola branca.

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O diretor da unidade prisional, Flavio de Oliveira Oggioni, explica as vertentes do projeto. 

“O projeto tem cunho educacional e social, pois trabalha a ressocialização, o respeito, a dignidade, além de permitir diálogos saudáveis e trocas de experiências entre os servidores da unidade prisional com crianças e adolescentes das escolas. Desenvolvemos palestras de conscientização sobre como soltar pipa de forma saudável e com segurança, preservando essa brincadeira milenar tão forte em nossa região”, disse Flavio de Oliveira Oggioni.

Palestras educativas nas escolas

As palestras, que duram cerca de uma hora, proporcionam um momento em que os servidores penitenciários, incluindo monitores de ressocialização e policiais penais, dialogam diretamente com os estudantes.

Aproximadamente 700 alunos de escolas públicas do município já foram beneficiados com as pipas produzidas na Penitenciária Regional de São Mateus (PRSM) e participaram da palestra sobre brincadeiras seguras.

“A palestra aborda temas de grande relevância, como respeito, dignidade, empatia e bons modos. Repassamos várias recomendações sobre o uso correto das pipas e o cuidado para não ocorrer nenhum incidente devido ao mau uso”, explica Oggioni.

As principais orientações são evitar soltar pipas perto de redes elétricas e não usar linhas cortantes, como cerol ou linha chilena. Para garantir que a brincadeira não se torne um acidente, recomenda-se que as pipas sejam empinadas em áreas abertas e seguras, sem riscos ao redor.

Após as orientações, as pipas são distribuídas aos estudantes. Cada aluno recebe um kit com três pipas. A penitenciária também faz doações para campeonatos regionais de pipas, incentivando a prática segura da brincadeira.

“As crianças aprendem a respeitar as regras sociais interagindo umas com as outras, enquanto brincam de soltar pipa. O intuito do projeto é de construir um espaço de aprendizagem e ressignificação de valores essenciais para a boa convivência social, além de possibilitar que a etapa do desenvolvimento infantil ocorra de forma saudável, por meio do resgate de brincadeiras tradicionais”, acrescentou Flavio de Oliveira Oggioni.