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Rússia e Ucrânia anunciam troca de 206 prisioneiros de guerra

A troca envolveu prisioneiros de ambos os lados do conflito, incluindo russos capturados na recente incursão da Ucrânia na região de Kursk

Estadão Conteúdo

Foto: Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia

Autoridades russas e ucranianas anunciaram neste sábado, 14, uma troca de 206 prisioneiros de guerra intermediada pelos Emirados Árabes Unidos.

A troca envolveu prisioneiros de ambos os lados do conflito, incluindo russos capturados na recente incursão da Ucrânia na região de Kursk. 

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A troca é a oitava do tipo desde o início de 2024, levando para 1.994 o total de prisioneiros de guerra trocados. Operações anteriores também foram intermediadas pelos Emirados Árabes Unidos. Fonte: Associated Press

ENTENDA COMO FUNCIONA A TROCA DE PRESOS

A troca de prisioneiros entre a Ucrânia e a Rússia tem sido uma prática recorrente desde o início do conflito em 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia e apoiou separatistas no leste ucraniano. Após a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, esse tipo de negociação tornou-se mais frequente e estratégica.

Negociações diretas ou por mediação: normalmente, as trocas são negociadas diretamente entre os governos da Ucrânia e da Rússia, com a participação dos militares ou serviços de segurança. Em alguns casos, há mediação internacional, por exemplo, pela Cruz Vermelha ou por países terceiros.

Critérios de troca: As trocas costumam ser feitas com base no número de prisioneiros detidos por cada lado ou na importância estratégica dos indivíduos. Isso inclui soldados capturados, civis, e às vezes figuras de alto perfil, como políticos ou combatentes de alto escalão.

Condições e logística: geralmente, as trocas são feitas em locais neutros, muitas vezes na fronteira ou em zonas de conflito controladas por forças de paz ou mediadores. As trocas podem envolver dezenas ou até centenas de pessoas em um único evento.

Aspectos humanitários e legais: as trocas de prisioneiros frequentemente são justificadas por questões humanitárias, como o estado de saúde dos detidos ou pressão pública por parte das famílias. A lei internacional, incluindo as Convenções de Genebra, também regula os direitos dos prisioneiros de guerra, o que às vezes acelera as negociações.

Impacto político e militar: trocas de prisioneiros têm importância simbólica e política, sendo usadas para mostrar boa vontade ou para ganhos diplomáticos. Em algumas ocasiões, as trocas podem contribuir para a desescalada temporária do conflito, mas também podem ser usadas como propaganda por ambas as partes.