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Sala multissensorial da Apae usa tecnologia para estimular alunos na Serra

Para ajudar a desenvolver habilidades, a sala conta com diversas ferramentas para estimular os usuários, como tela interativa, mesa alfabética e coluna de bolhas

Guilherme Lage

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Apae Serra

Com a reinauguração da clínica da Apae Serra, que conta com 29 novas salas, o que inclui um auditório, uma novidade chamou a atenção das famílias que contam com o trabalho da associação: uma sala multissensorial.

A nova sala é utilizada por psicopedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas da instituição e é voltada para pessoas que não respondem bem a estímulos sensoriais. 

Para ajudar a desenvolver essas habilidades, a sala conta com diversas ferramentas para estimular os usuários, como tela interativa, mesa alfabética, coluna de bolhas, jogos e circuito baby. 

Estes materiais são utilizados para estimular os sentidos dos alunos, como a visão, o tato e audição, revela o coordenador geral do espaço, Carlos Augusto Brommonschenkel. 

"É uma sala multiuso, como costumamos falar. É feita realmente para desenvolver os nossos alunos e estimulá-los de forma adequada para que possam se desenvolver plenamente e tenham o máximo possível de autonomia", afirmou.

Ainda segundo o coordenador, por se tratar de uma sala com atividades mais lúdicas, o local é geralmente mais reservado a crianças e bebês que ainda não respondem bem a estímulos sensoriais.

Ele explica que a faixa-etária dos usuários costuma variar de alunos que ainda estão na primeira infância até aqueles que já têm entre 12 e anos. Pessoas no espectro autista também costumam utilizar o ambiente.

"Temos nossa coluna de bolhas, nossas lousas digitais. É um trabalho feito para acalmar e estimular as crianças. Todos são acompanhados pelos nossos técnicos. É um trabalho de transformação", disse. 

Usuários da sala multissensorial 

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Maya Oliveira, uma menina de 2 anos e 7 meses, que frequenta a Apae desde que tinha 8 meses.

Ela, que tem síndrome de down, frequenta a instituição ao lado da mãe, a empreendedora Dayane Oliveira, que enxerga na Apae uma parceria indispensável para trilhar o desenvolvimento e autonomia de Maya. A sala multissensorial é mais uma ferramenta fundamental na caminhada da pequena. 

"É uma sala fantástica, de vários acessos, vários recursos. Melhorou bastante. Todos os profissionais agora têm sua própria sala, sua própria mesa, o que ajuda muito nos atendimentos", revelou Dayane. 

Além dos estímulos sensoriais, a empreendedora também relata que os atendimentos médicos da Apae ajudam diariamente na evolução da bebê. Com as duas metodologias combinadas, o novo sonho da família é ver Maya começar a falar. 

"Embora ainda não esteja verbalizando de acordo com a faixa-etária, tem várias palavrinhas no vocabulário e se comunica bastante com a gente. Ela teve alta recentemente da fisioterapeuta motora, porque atingiu os marcos de andar, descer e subir rampas e escadas. Ela atingiu esse desenvolvimento", disse. 

Primeiro ano de uma parceria que promete ser longa

Foto: Reprodução/Apae Serra

Apesar da parceria recente, o IAB já enxerga a grande mudança causada por sua união com a Apae, como descreve a gerente executiva Paula Martins, no sentido de trazer à tona a realidade das pessoas com deficiência.

"Esse é o primeiro ano que apoiamos a Apae Serra, uma instituição já bastante consolidada, mas que tem passado por melhorias e ampliações constantes. É sempre importante para o IAB abraçar ONGs com a temática PCD, uma realidade que cresce a cada ano", disse.