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Caso Dondoni: desembargador aumenta pena de empresário condenado por matar família

A pena de Wagner Dondoni foi elevada para 26 anos e 10 meses de reclusão, além do pagamento de 30 dias-multa

Foto: Reprodução TV Vitória

A 2ª Câmara Criminal do Estado do Espírito Santo julgou nesta quarta-feira (9) dois recursos: o primeiro interposto por Wagner José Dondoni de Oliveira em face de condenação no Tribunal de Júri, que o sentenciou a 25 anos e 04 meses de reclusão, além de pagamento de 30 dias-multa, devendo ser cumprida inicialmente em regime fechado. O segundo foi interposto pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES).

A defesa de Wagner Dondoni solicitou que o réu fosse submetido a um novo julgamento, uma vez que, segundo os advogados de defesa, a decisão judicial teria ocorrido de forma contrária às provas do processo. O MPES defendeu a necessidade de aumento da pena, em razão de não terem sido analisados os antecedentes de Dondoni e a aplicação do artigo 121, do Código Penal, relativo ao agravo correspondente à menoridade de duas vítimas.

Após a sustentação do advogado de Dondoni, o relator, desembargador Adalto Dias Tristão, apresentou seu voto, dando ganho parcial ao recurso interposto pelo MPES, elevando a pena do condenado para 26 anos e 10 meses de reclusão, além do pagamento de 30 dias-multa. Além disso, o colegiado julgador negou, de forma unânime, o recurso do sentenciado.

O caso

No dia 20 de abril de 2008, uma caminhonete guiada por Wagner Dondoni colidiu com um carro dirigido por Ronaldo Andrade, por volta das 07 horas da manhã. O acidente aconteceu na altura do quilômetro 304, da BR 101, em Viana. Ronaldo e a família seguiam para Guaçuí, no sul do Estado.

Morreram no acidente: os filhos de Ronaldo, Rafael Scalfone Andrade, de 13 anos, e Ronald, filho caçula, 03 anos. Maria Sueli Costa Miranda, 29 anos, mulher de Ronaldo, ficou internada três dias mas não resistiu.

No dia do acidente, um exame de embriaguez feito no empresário por coleta de sangue dez horas após o crime comprovou que Wagner Dondoni dirigiu sob influência de álcool. Logo após o acidente, Dondoni foi detido e encaminhado ao DPJ de Cariacica, mas foi liberado após pagar fiança em pouco mais de R$ 2 mil.

No dia 24 de abril de 2008, Dondoni foi novamente preso ao depor, mas em setembro daquele ano, foi novamente posto em liberdade.

Dez anos após o crime e após todos os juízes da comarca de Viana se recusarem a julgar o empresário, Dondoni foi julgado e condenado em novembro de 2018.

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