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Caso Sophia: filha de noiva que morreu no dia do casamento reage ao ouvir voz do pai

Noiva estava grávida e teve um AVC, minutos antes de entrar na igreja. A criança sobreviveu. Recentemente, Sophia teve suspeita de trombose na veia cava, mas passa bem. O pai relatou a luta contra o sofrimento

Foto: Reprodução

A história da pequena Sophia Guedes comoveu o país inteiro. A mãe da menina, Francisca Jéssica Victor Guedes, estava grávida e morreu minutos antes de entrar na igreja para se casar. Sophia sobreviveu e agora voltou a ganhar o carinho dos internautas ao reagir quando ouve a voz do pai, na UTI neonatal em que ela está, desde que nasceu.

O caso ganhou grande repercussão em todo o Brasil e desde então, Flávio vem compartilhando nas redes sociais a rotina de casa-hospital com a filha pequena. O pai comemorou o primeiro mês de vida da criança e os avanços. “Quando ela escuta minha voz, fica tão feliz que chega a soluçar”, conta.

A comoção foi tanta que o hospital no qual Jéssica ganhou a pequena Sophia, após ter tido um AVC, financia até hoje os custos da internação da menina, já que a família afirmou não ter condições. Flávio é tenente da Polícia Militar e está cuidando sozinho da filha durante o período de licença maternidade. 

Apesar da melhora apresentada, recentemente Sophia teve suspeita de trombose na veia cava, disposição que drena o átrio direito do coração.  “Me deixou muito preocupado, porque era uma situação grave”, lembra. Em casos mais graves, o resultado pode ser um AVC. Após uma série de remédios e exames, a bebê está bem.

Luto

Nas redes sociais, além de mostrar os avanços da família, Flávio também compartilha os momentos de tristeza com a morte da esposa Jéssica, mas afirma que a filha tem sido fundamental para superar a situação. “Não tem sido fácil. Tem dias que eu não me reconheço, outros que me sinto bem. São altos e baixos. É muito tênue. O que me fortalece é a minha filha, minha família, meus amigos”, conta. 

Flávio está buscando ajuda em terapias e recebendo apoio da Policia Militar. O tenente conta que sofre muito, mas não se deixa levar pela dor. “Eu sonho todos os dias com a Jéssica. É muito difícil acordar, me situar no quarto, passar a mão no lençol da cama e perceber que ela não está ali. O que salva são nossas fotografias, olhares, sorrisos, e isso nunca vai se perder. O meu sonho, agora, é ver a minha filha crescer com saúde. Isso basta pra mim”, afirmou. 

O caso

Jéssica, como era chamada, se preparava para subir ao altar de uma igreja quando sofreu um AVC. Ela deu entrada em um hospital da região central da capital paulista já com morte cerebral devido ao caso grave de pré-eclâmpsia, condição comum durante o período de gestação. Por causa da complexidade do caso, foi transferida para a Maternidade Pro Matre Paulista, onde a equipe médica realizou uma cesárea de emergência para salvar a vida do bebê, na época, com 29 semanas. Foi nesse cenário, de caos e tristeza, que Sophia nasceu com 34 centímetros e 1 kg.