Quatro pescadores profissionais estão desaparecidos em alto-mar. As buscas estão sendo feitas pela Capitania dos Portos do Espírito Santo (CPES) e contam com o apoio do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer), da Secretaria da Casa Militar do Estado.
De acordo com familiares dos pescadores, a embarcação “Vivendo na Fé” deixou a cidade de Alcobaça, no sul da Bahia, no dia 6 de outubro. A previsão era que Rogério de Oliveira Nascimento, José Henrique Lopes da Silva, Imaclei Pinheiros Neves e Antônio Luiz Rodrigues Pereira chegassem em Vitória no último dia 21, o que não aconteceu.
Preocupados, familiares dos tripulantes acionaram a CPES na última segunda-feira (25). A partir daí, foi iniciada uma ampla divulgação para alertar todos os navegantes sobre o desaparecimento dos pescadores.
A Capitania dos Portos disse que recebeu uma informação, de uma fonte não identificada, que a embarcação foi vista pela última vez no dia 12 de outubro, no litoral norte do Espírito Santo.
Entretanto, na manhã desta quarta-feira (27), um aviso da Rádio Costeira de Itapemirim informou à Capitania dos Portos que um barco pesqueiro avistou uma embarcação cerca de 100 Km a leste de Regência, no litoral de Linhares, com características semelhantes à da desaparecida.
No entanto, a embarcação estava emborcada, ou seja, virada para baixo, e sem indício dos tripulantes.
Com as novas informações, uma equipe da CPES, a bordo da Lancha Curimatá, iniciou a busca pelos pescadores no local indicado. A ação contou com o apoio do helicóptero do Notaer.
De acordo com o major Pablo, do Notaer, a aeronave concentrou as buscas na região costeira de Santa Cruz, em Aracruz, e Regência, sem adentrar em alto-mar.
A Marinha do Brasil informou, por meio de nota, que até o momento não foram encontrados indícios que pudessem contribuir para a localização dos tripulantes. A Marinha disse ainda que mantém contato com os familiares dos tripulantes desaparecidos, mantendo-os atualizados sobre as buscas.
As causas e responsabilidades do acidente serão apuradas no Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) conduzido pela CPES.
Concluído o inquérito e cumpridas as formalidades legais, o documento será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação e dará vista à Procuradoria Especial da Marinha para que adote as medidas cabíveis.
