Pesquisadores do Laboratório de Extensão e Pesquisa em Artes (Lenna), da Ufes, estão transformando monumentos tombados da Grande Vitória em miniaturas 3D, permitindo que pessoas com baixa visão ou deficientes visuais possam vivenciar a experiência tátil de se apreciar um monumento.
O objetivo do projeto, apoiado financeiramente pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) e em desenvolvimento pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), é tornar os monumentos mais acessíveis e inclusivos.
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O professor titular do Centro de Artes da Ufes e coordenador do projeto, José Cirillo, conta que, inicialmente, o projeto tinha a finalidade de fazer um levantamento que se tornasse um inventário de todos os monumentos públicos e intervenções urbanas da Grande Vitória. Com a aquisição de uma impressora 3D, surgiu a possibilidade de criar réplicas dos monumentos em 3D.
“Nós entendemos que essa ação educativa de fazermos o inventário poderia ser muito mais ampla. Então, surgiu a ideia de criar o que chamando de “Kit Paradidático”. Um conjunto de jogos de tabuleiro com essas miniaturas em 3D. O que permite serem levadas para dentro da sala de aula para que a história e a cultura do Espírito Santo possam ser trabalhadas com estudantes a partir desses monumentos”, explicou o professor.
Para ele, trabalhar os monumentos dentro da sala de aula tem uma função importante para os estudantes, em especial as crianças, para que possam conhecer e valorizar a história e os monumentos capixabas.
“Acreditamos que a partir deste trabalho dentro da sala de aula, desde a educação infantil, criando uma relação de afeto dos alunos com esses objetos, estamos, na prática, trabalhando também a educação patrimonial. Com essa inovação nós estamos criando estratégias de preservação e conservação desses monumentos”, destacou Cirillo.
José Cirilo ressalta a importância dos investimentos da Fapes por meio dos editais ofertados. “Sem o financiamento da Fapes ao longo deste ano seria impossível fazermos todas os estudos. Com o financiamento foi possível fazer as viagens de pesquisa e atualizar os equipamentos do laboratório melhorando a qualidade dos trabalhos, entre outras ações”, afirmou o professor, salientando também que o edital Universal de Extensão está sendo de extrema importância para o desenvolvimento, piloto do kit experimental, além das miniaturas os jogos de tabuleiro e de xadrez.
O diretor-presidente da Fapes, Denio Arantes, parabenizou o pesquisador responsável pelo projeto pela inovação do estudo. “É muito gratificante para nós, gestores do Governo do Estado, ver que o dinheiro público investido em um edital lançado de forma inédita, o Universal de Extensão, e os outros chamamentos que abrimos de fomento à pesquisa científica, tecnológica e inovativa, resultou em uma inovação que terá entrega para a sociedade”, destacou Arantes.
Projeto tem financiamento de três editais da Fapes
O projeto Intitulado “Ecossistemas urbanos e cultura: entre a memória, arte e história na Formação de Professores da Educação básica no Centro-oeste capixaba”, tem financiamento de três editais da Fapes, são eles: 12/2022 – Universal de Extensão, que recebeu um aporte de financeiro de aproximadamente R$ 50 mil; o Edital 20/2022 – Núcleo Capixabas Emergentes em Pesquisa, em que foram disponibilizados cerca de R$ 100 mil; e a chamada 21/2022 – Apoio à Infraestrutura de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Laboratórios Interdisciplinares, para o qual aproximadamente R$ 250 mil foram repassados ao laboratório do projeto.