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Saiba como está a advogada que levou pedrada dentro de carro em Guarapari

Quatro meses depois de ser atingida por um paralelepípedo na Rodovia do Sol, Michaella Reis vai passar por uma nova cirurgia. Entenda o procedimento

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: TV Vitória

Quatro meses após sofrer um traumatismo craniano por causa de uma pedrada no rosto, a advogada Michaella Zukuwski Reis, de 25 anos, terá de passar pela quarta cirurgia. Dessa vez, o procedimento será para fechar alguns pontos de cirurgias anteriores, que se abriram.

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Em entrevista à equipe de reportagem da TV Vitória/Record TV, a advogada conta que os médicos tentaram fechar essa abertura na última cirurgia, mas não foi possível.

"Estou com um pontinho aberto há alguns meses. A gente tentou fechar na terceira, mas, infelizmente, a minha pele foi muito dilacerada. Então, como a testa é um local de muita contração, é difícil, ainda mais sem pele. Então a gente vai agora fazer mais uma, para tentar fechar de novo".

Michaella foi atingida por uma pedra na cabeça, no dia 8 de julho, quando passava de carro pela Rodovia do Sol, em Guarapari, junto com o pai e o irmão. Os três seguiam para o Aeroporto de Vitória, onde pegariam um voo para Minas Gerais.

No entanto, durante o trajeto, na altura da Barra do Jucu, um homem arremessou um paralelepípedo na direção do carro. A pedra acertou o veículo e atravessou o para-brisa, atingindo a cabeça da advogada, que estava no banco do carona. 

Foto: TV Vitória

Como consequência, a jovem sofreu traumatismo craniano e precisou fazer uma cirurgia de reconstrução facial.

"Quando o paralelepípedo atingiu minha cabeça, eu perdi meus ossos do lado esquerdo. Então, a gente teve que colocar malhas de titânio e parafusos, para substituir o osso. Reconstruí todo o nariz, todo o olho, no assoalho, e toda a testa do lado esquerdo, para não ficar aquele afundamento. Então foi feita essa reconstrução facial".

Durante a entrevista à TV Vitória, mesmo com um sorriso largo no rosto e muita vontade de viver, a advogada se emocionou ao lembrar do acidente.

"Eu falo que, na hora do acidente, eu ouvi uma vozinha, que eu tenho certeza de que foi o Espírito Santo falando. Até meu anjo estava comigo, eu tenho certeza disso".

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Para quem viu a vida por um fio e ainda sofre as consequências do ataque, os planos passaram a ser construídos de uma forma diferente.

"Eu sinto que agora não é hora de fazer planos. Então eu vivo com a agenda curta. Sei o que vou fazer amanhã, mas semana que vem eu já não sei responder".

Acusado de arremessar pedra irá a julgamento

Em agosto, a Justiça acatou a denúncia do Ministério Público contra o homem que arremessou a pedra contra a advogada. Gelson Aparecido dos Santos, de 40 anos, foi denunciado por tentativa de homicídio e irá a julgamento.

As investigações apontam que o suspeito passou a madrugada do dia 8 de julho andando de um lado para o outro na pista. Ele teria se escondido atrás de uma placa de sinalização e, assim que avistou o carro em que a advogada estava, arremessou o paralelepípedo.

"Pelo que eu vi, ele já tinha mais ou menos uns oito crimes e todos soltos. Ele estava com a tornozeleira eletrônica rompida e solto, a polícia não foi atrás, não sei o que aconteceu. Então eu penso que ele não deveria estar ali"

Mesmo com o suspeito preso, a vítima confessa que ainda tem medo. "Ainda fico um pouco receosa de saber que ele pode talvez ser solto, fico com medo dele tentar fazer algo comigo por ele ter sido preso por minha culpa. Fico sempre pensando nisso".

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Com informações da repórter Alessandra Ximenes, da TV Vitória/Record TV