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Trecho da BR-101 no ES terá 170 km de via duplicados

Contrato de concessão da rodovia com a Eco101 será otimizado, segundo ministro dos Transportes, Renan Filho, que esteve no Estado nesta terça-feira (17)

Tiago Alencar

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação/Eco 101

O trecho da BR-101 que corta o Espírito Santo deverá ter mais 170 km de via duplicados a partir da otimização do contrato de concessão da rodovia. A informação foi confirmada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, nesta terça-feira (17), durante entrevista coletiva do evento de lançamento do novo PAC no Estado.

Ainda de acordo com Renan, a BR-101 vai receber 40 km de terceiras faixas e 51 km de contornos novos.

"Isso significa (a otimização do contrato) 170 quilômetros adicionais de rodovia duplicada; terceira faixa no trecho norte da BR-101, uma região de mata, de dificuldade de licenciamento ambiental. A terceira faixa dá para ser feita. Vamos avançar com 40 quilômetros de terceiras faixas e 51 quilômetros de novos contornos", detalhou o ministro.

Na mesma ocasião, o chefe da pasta dos Transportes anunciou que o Tribunal de Contas da União (TCU) publicou, nesta terça-feira, entendimento pela admissibilidade da otimização do contrato de concessão da BR-101 com a concessionária Eco101, que em julho do ano passado havia emitido comunicado informando desistência da administração do trecho capixaba da rodovia.

O parecer do TCU citado pelo ministro tem a ver com uma decisão da Corte de contas de agosto deste ano,  que permite que contratos de concessão no âmbito da infraestrutura sejam repactuados.

Em termos práticos, o entendimento do TCU abriu caminho para que concessionárias como a Eco101 possam desistir da devolução de ativos por elas administrados, desde que a sinalização nesse sentido parta do poder concedente, no caso da BR-101, a União.

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Questionado pela reportagem do Folha Vitória, durante a entrevista de lançamento do novo PAC no Estado, se a otimização do contrato de concessão da BR-101 sinalizaria, de alguma forma, a continuidade da Eco101 na administração da rodovia, mesmo após a concessionária ter anunciado desistência do certame, Renan afirmou que sim, que a empresa, após aval do TCU, seguiria na gestão da via.

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Contrato de concessão da Eco101 no ES será o 1º do Brasil a ter otimização

Renan também chamou a atenção para o fato de, segundo ele, a concessão da Eco101 no Espírito Santo ser a primeira do país a ter o contrato otimizado. Por isso o ministro celebrou a sinalização positiva do TCU.

"A admissibilidade já foi garantida e, se isso for aprovado, nós teremos aproximadamente R$ 2 bilhões adicionais, fora os investimentos do PAC, com recursos públicos e com recursos privados até 2026", afirmou.

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TCU vai avaliar vantagens de otimização de contrato com a Eco101

A reportagem conversou brevemente com o ministro ao final do evento em Vitória e perguntou a ele quais os próximos passos após o TCU ter admitido a possibilidade de otimização do contrato de concessão da BR-101 com a Eco101.

O ministro frisou que a agora caberá ao Tribunal analisar as vantagens do novo modelo de contrato com a concessionária.

"A admissibilidade já saiu. Este é o primeiro passo. Agora, nós vamos discutir os parâmetros, os investimentos e o prazo; em seguida, o TCU vai aferir a vantajosidade", concluiu Renan.

Concessionária diz que permanece à disposição do interesse público

Procurada para comentar o anúncio feito pelo ministro dos Transportes, a Eco101, por meio de nota encaminhada à imprensa, disse que permanece à disposição para construir a melhor solução viável para a BR-101 que atenda ao interesse público.

"Independentemente dos processos em curso, a Eco101 continua operando a rodovia e prestando todos os serviços de atendimento aos usuários, incluindo socorro médico e mecânico, veículos de inspeção de tráfego, caminhões para captura de animais e caminhões-pipa para combate a incêndios, além do monitoramento por câmeras para garantir o fluxo do tráfego e celeridade aos atendimentos em ocorrências na via."

Por fim, a empresa destacou ainda que estão sendo mantidas as obras em andamento e os investimentos necessários para a manutenção da via.