O primeiro navio polar construído em solo brasileiro vai acontecer no Estaleiro Jurong, em Aracruz, na Região Norte do Espírito Santo.
Nesta terça-feira (17), ocorreu o chamado “batimento de quilha”, um marco no processo de construção, ou seja, quando a “espinha dorsal” da embarcação é concluída, possibilitando o resto da criação.
A cerimônia marcou a construção, pela primeira vez no Brasil, de um navio com capacidade de navegar e operar nas águas da região gelada da Antártica. A entrega do navio “Almirante Saldanha” está prevista para o segundo semestre de 2025.
O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, participou da solenidade e falou da necessidade de investir em navios e recursos nas Forças Armadas:
“Precisamos contar com navios e outros recursos modernos para que tenhamos condições compatíveis com o tamanho das nossas responsabilidades. Tenho repetido que os recursos destinados à defesa não são gastos, mas sim investimentos que trazem emprego de alta qualificação, elevação de renda, aumento de arrecadação e arrasto tecnológico”, disse o ministro.
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De acordo com informações da Marinha, a embarcação terá cerca de 103 metros de comprimento e hangar para 2 aeronaves de porte médio. Além disso, a autonomia de 70 dias e tripulação de 95 pessoas, incluindo 26 pesquisadores.
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Durante a fase de construção já foram gerados 600 empregos diretos e 6 mil indiretos, além do fomento à indústria naval brasileira e à base tecnológica nacional.
Navio polar será construído em “blocos”
O modelo de construção prevê a sua produção em blocos, os quais são construídos separadamente e, posteriormente, são unidos para dar forma ao navio.
Com a construção, é possível instalar acessórios e fundações antecipadamente, além de facilitar a colocação de equipamentos a bordo e permitir trabalhos em diversos estágios de maneira segregada em cada unidade.
O bloco de construção é posicionado em uma estrutura metálica com aproximadamente 100 toneladas, onde serão instalados equipamentos dos sistemas de climatização e refrigeração, bombas do sistema de combate a incêndio, estruturas do tratamento de água e esgoto, além de bombas de transferência de combustível.
A partir disso, as próximas etapas serão a edificação do bloco que compõe a praça de máquinas de trás do navio e o posterior posicionamento dos equipamentos de geração elétrica e propulsão.
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