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Faz mal? Sexóloga defende pornografia e lista benefícios: "Existe lado bom"

A sexóloga, que defende o consumo de pornografia, acredita que ela pode ser útil para apimentar o relacionamento e quebrar o gelo na intimidade do casal

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Pikisuperstar/Freepik

Existem diversos debates sobre o consumo de conteúdos pornográficos e seus malefícios a saúde, tanto mentalmente como fisicamente. De acordo com especialistas, esse tipo de conteúdo age como se fosse uma "droga" que vicia o cérebro e acaba criando uma dependência.

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Recentemente a sexóloga Danni Cardillo, trouxe uma perspectiva diferente sobre a pornografia, defendendo que, apesar das críticas e da imagem negativa que muitas vezes carrega, ela pode ter um lado positivo.

Essa discussão ganhou destaque nas redes sociais após o influenciador Gustavo Tubarão falar sobre seu vício em pornô e como isso está afetando negativamente sua vida. Um ponto importante sobre o consumo de pornografia é a facilidade em consumi-lá, principalmente agora com diversas plataformas de conteúdo adulto como Privacy e o Only fans.

Além do Gustavo Tubarão, outros famosos, como o ator Carmo Dalla Vecchia, a modelo Cara Delevingne e a cantora Britney Spears, também já compartilharam suas dificuldades com a obsessão pela pornografia.

A sexóloga, que defende o consumo de pornografia, acredita que ela pode ser útil para apimentar o relacionamento e quebrar o gelo na intimidade do casal. 

"O problema surge quando isso se torna um vício, quando a pessoa fica obcecada e depende da pornografia", explica a sexóloga, que também cria conteúdo adulto.

Ela alerta que muitos confundem o que veem nos filmes com a realidade, o que pode gerar frustração e problemas na vida sexual.

 "Quando o homem espera que a parceira se comporte como uma atriz pornô, cria uma expectativa irreal. A pornografia é pensada para excitar, não para ser um exemplo. O mesmo vale para as mulheres, que não podem esperar que o homem tenha uma ereção interminável", reforça.

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Danni ainda aponta que plataformas de conteúdo adulto têm contribuído para desmistificar o tema e empoderar grupos antes marginalizados. Para ela, é essencial buscar um equilíbrio no consumo. 

"A tecnologia está abrindo espaço para que mulheres e outros criadores de conteúdo tenham mais autonomia e controle sobre seus próprios limites. Famosos e influenciadores estão falando mais abertamente sobre os desafios emocionais, físicos e sociais ligados a essa indústria, o que torna a discussão mais realista", comenta.

Por isso, a sexóloga acredita que é errado generalizar a pornografia como algo prejudicial. Com moderação e responsabilidade, ela pode até ajudar a melhorar a vida sexual de casais. 

"Todo vício é nocivo, mas a pornografia, consumida de forma consciente, é prazerosa e saudável. O perigo está quando ela substitui o sexo real, e o virtual se torna mais importante que o contato físico", conclui.

VÍCIO EM APOSTAS ONLINE É UMA PANDEMIA, DIZ MINISTRA DA SAÚDE

Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta sexta-feira (27), que o vício em apostas on-line, conhecidas como bets, é uma "pandemia".

"É uma pandemia, guardada a questão da gravidade. Isso precisa ser trabalhado na saúde. A consequência é grave do ponto de vista da dependência", disse.

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Nísia defendeu que o problema seja enfrentado com o mesmo vigor com que se encarou o tabagismo.

"É muito importante a regulação. É muito importante olhar para a publicidade. É colocar na mesma gravidade do que o Brasil fez em relação ao tabaco. Porque é um vício e é facilitado pela velocidade, pela rapidez com que a pessoa entra nesse ciclo tão danoso que tem causado problemas de saúde mental sérios, que tem impactado tantas famílias e também crianças e jovens", argumentou.

A declaração da ministra foi dada após o evento de lançamento da Campanha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos. Segundo ela, há um grupo de trabalho elaborando medidas para combater o abuso de bets.

O vício em apostas tem provocado problemas de saúde e, como o Estadão mostrou, leva adolescentes a se endividarem com agiotas.

O problema tem preocupado o governo. Segundo o Banco Central, somente no mês de agosto, beneficiários do Bolsa Família transferiram cerca de R$ 3 bilhões via Pix para empresas de aposta.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a pasta desenvolverá um sistema de controle para evitar que usuários utilizem cartão de crédito para apostar. A Fazenda também pretende monitorar CPFs para observar possível uso abusivo dessas plataformas.

Eleita a “Milf do ano” em uma premiação recente, a sexóloga Danni Cardillo defendeu que há um lado benéfico na pornografia, apesar de o tema geralmente vir à tona de forma negativa e pejorativa.

O assunto voltou a ser notícia recentemente após o influenciador Gustavo Tubarão contar que o vício em pornografia estava “fazendo mal”. Assim como ele, outros famosos, incluindo o ator Carmo Dalla Vecchia, a modelo Cara Delevingne, a cantora Britney Spears, já tiveram problemas por conta da obsessão por pornografia.

“Só temos a ganhar quando usamos a pornografia para apimentar a relação, para dar aquela ‘aquecida’ inicial e quebrar o gelo entre quatro paredes. A coisa vira problema quando se transforma em vício, quando as pessoas ficam obcecadas e dependentes da pornografia”, explica.

A sexóloga, que também é criadora de conteúdo +18, alerta, no entanto, que muitas pessoas confundem os filmes adultos com a realidade, e passam a ter problemas entre quatro paredes.

“Quando o cara exige da mulher uma performance de atriz pornô, é um erro tremendo. É uma expectativa irreal. A pornografia pode ser encenada e bem longe da realidade. É pensado para dar tesão, e não para servir de exemplo. Da mesma forma, a mulher não pode esperar que o cara tenha uma ereção de duas horas e nunca se canse”, reforça.

Danni completa que as plataformas de conteúdo +18 estão ajudando a desmistificar o assunto e a empoderar grupos antes marginalizados. Para ela, é importante encontrar o equilíbrio para um consumo saudável.

“A tecnologia está permitindo uma nova forma de empoderamento e autonomia, especialmente para mulheres, para criar conteúdo no próprio ritmo e com controle sobre seus limites e desejos. Famosos e criadores de conteúdo discutem abertamente os desafios emocionais, físicos e sociais que enfrentam nesse cenário, revelando uma dinâmica complexa entre prazer, lucro e exposição. Toda essa discussão ajuda a ter uma ideia real do que é e de como é produzir conteúdo adulto e torna as pessoas mais conscientes”, completa.

Por isso, para a especialista é um erro generalizar a pornografia como prejudicial. Com equilíbrio e controle, é possível ter uma vida sexual mais ativa e saudável com o incentivo de filmes adultos e cenas de modelos e influencers nas plataformas.

“Todo vício é prejudicial, mas há uma generalização burra sobretudo na pornografia. Como especialista defendo o consumo consciente. Pornografia é prazer, é saudável. Ela só se torna perigosa quando substitui o sexo de fato, quando o virtual se torna mais importante do que o real”, alerta.