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Síndrome do Tarzan: como padrões repetitivos impactam relacionamentos

Entenda o fenômeno da “síndrome do Tarzan” e como o medo da solidão leva muitas pessoas a iniciarem novos relacionamentos sem superar o anterior

Redação Folha Vitória

Foto: Reprodução/ Istock

Nos últimos anos, os relacionamentos amorosos têm sido marcados por transformações que refletem novas dinâmicas emocionais. 

A síndrome do Tarzan, termo que compara o comportamento humano ao famoso personagem que se balança de cipó a cipó sem soltá-los, descreve uma tendência crescente em que pessoas entram em novos relacionamentos antes de processar emocionalmente o término do anterior.

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Esse comportamento, observado em casais de diferentes idades, caracteriza-se pela dificuldade de lidar com o vazio emocional deixado por uma ruptura. Segundo a psicóloga Lara Ferreiro, a síndrome do Tarzan revela uma incapacidade de enfrentar o luto após o fim de uma relação. 

Assim, o indivíduo busca preencher esse vazio de forma imediata, pulando para um novo relacionamento, evitando a dor e o processo necessário para a cura emocional.

O fenômeno é ainda mais comum em uma sociedade que valoriza a constante busca por validação e teme a solidão. 

Nesse ciclo, conhecido como “relações liana,” o padrão de substituição constante impede a reflexão sobre os erros passados, levando à repetição de comportamentos disfuncionais e ao acúmulo de bagagens emocionais, conforme afirma o psicólogo Raúl López. 

"A pessoa traz consigo os traumas de relacionamentos anteriores, o que inviabiliza a construção de novos vínculos mais saudáveis."

As consequências desse comportamento são profundas, afetando tanto a pessoa que apresenta a síndrome quanto seus parceiros subsequentes. A busca constante por alívio imediato gera relacionamentos superficiais, que não contribuem para o crescimento emocional. 

Além disso, a dependência de estar sempre em uma relação para sentir-se completo leva a problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e baixa autoestima.

Curar-se e encerrar adequadamente um ciclo após um término é essencial para evitar cair na síndrome do Tarzan. Somente enfrentando o luto e refletindo sobre os erros passados é possível construir uma identidade emocional sólida. 

O processo, embora doloroso, é necessário para alcançar relacionamentos verdadeiramente saudáveis e baseados em uma conexão genuína, e não em uma tentativa de preencher um vazio.

*Com informações do ND+.