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Última castanheira em praia da Ilha do Frade é cortada e prefeitura explica o motivo

A árvore, que é uma espécie exótica, não foi retirada pela prefeitura, mas a derrubada foi autorizada após pedido dos moradores

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/TV Vitória

Uma castanheira, a última que dava nome a uma praia isolada na Ilha do Frade, em Vitória, foi derrubada nesta quarta-feira (23). A árvore foi retirada da Praia das Castanheiras por causa do projeto de recuperação e revitalização da restinga.

A equipe que retirou a árvore informou que o procedimento foi necessário porque a castanheira é de uma espécie exótica, ou seja, não natural da flora brasileira. Além de fazer muita sombra na área de restinga, a castanheira libera uma substância pelas raízes que impede o desenvolvimento de outras espécies naturais da região.

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O corte da árvore não foi realizado pela prefeitura, mas a derrubada foi autorizada após pedido dos moradores. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) informou que a recuperação da restinga da Ilha do Frade é um projeto executado pela associação de moradores do bairro, que protocolou o projeto junto à Semmam. 

"Neste projeto, que conta com o financiamento da empresa Vale, uma das etapas consta a remoção de espécies exóticas (não nativas) que possam afetar negativamente o desenvolvimento das espécies endêmicas", informou. 

O projeto de recuperação da restinga da Ilha do Frade prevê outras ações além da retirada de espécies exóticas, como o plantio de mudas de espécies nativas e o cercamento da vegetação. 

O projeto teve início em abril de 2021 e, em agosto de 2022, quando mais de 5 mil mudas de plantas nativas foram plantadas na Ilha do Frade, o gerente do Projeto Restinga, Vinícius Rocha, explicou que é fundamental restaurar a vegetação da região para proteger a biodiversidade da Ilha do Frade e da Baía das Tartarugas. 

“Temos pequenos fragmentos de restinga que serão aumentados pelo projeto e isso vai ajudar a melhorar o ambiente para permitir que aumente a diversidade de aves. Como símbolos da restinga, temos o sábia-da-praia e a coruja-buraqueira. Agora é comum vermos os anus-brancos e pretos, quero-quero, sabiá-barranco, lavadeira-mascarada, corruíra ou garrincha, suiriri, bem-ti-vi, canário-da-terra-verdadeiro, beija-flor-tesoura, garça-branca grande e pequena, garça azul”, explicou, na ocasião, o gerente do projeto. 

Recuperação de áreas degradadas em Vitória

A Semmam informou ainda que desenvolve um projeto chamado Vixflora, com o objetivo de promover o plantio de árvores nativas da Mata Atlântica em diversas áreas da cidade.

"O principal foco é a recuperação de áreas degradadas, o aumento da cobertura arbórea, a melhoria da segurança hídrica e promoção das adaptações às mudanças climáticas. Iniciado em 2021, o programa tem a meta ambiciosa de plantar 322 mil mudas, uma para cada habitante da cidade", informou. 

De acordo com a Semmam, mais de 98 mil mudas foram plantadas em áreas degradas  nos bairros Conquista, Fonte Grande, Tabuazeiro, Bonfim, Goiabeiras, Jesus de Nazareth, Resistência, Joana D’arc, Grande Vitória, Fradinhos, e Santa Cecília. 

*Com informações da repórter Gabriela Valdetaro, da TV Vitória/Record