Pai de atirador em escolas: "Meu filho cometeu algo terrível"
Pai do adolescente de 16 anos que invadiu duas escolas e matou três professoras e uma aluna de 12 anos, é policial militar da ativa
O pai do adolescente de 16 anos que cometeu um atentado a tiros contra duas escolas em Aracruz, afirmou ao Estadão que o filho fez "algo terrível" e que vai pedir desculpas às famílias das vítimas em "momento oportuno". Quatro pessoas morreram, conforme o mais recente boletim da Secretaria de Estado da Saúde.
"Meu filho cometeu algo terrível, que nunca poderia ao menos imaginar", disse à reportagem o pai do atirador, que foi apreendido e vai responder por ato infracional análogo aos crimes de quatro homicídios qualificados e nove tentativas de homicídio qualificado. Os agravantes são o motivo fútil e a impossibilidade de defesa das vítimas.
Tenente da Polícia Militar, o pai havia publicado nas redes sociais uma foto da capa do livro "Minha Luta", em que Adolf Hitler expôs suas ideias antissemitas. A publicação gerou debates nas redes sociais, com pessoas associando o pai à ação do filho.
"Você quer saber de livro da biografia de Hitler. Livro péssimo. Li e odiei", afirmou o PM à reportagem, sobre a obra considerada referência ideológica para neonazistas.
Ele não comentou o fato de o filho ter usado, conforme apuração da polícia, uma suástica na roupa durante o atentado em uma escola pública e outra particular no norte do Espírito Santo.
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O policial não quis comentar como o filho teve acesso à sua arma e ao carro da família e pediu para que a dor dele fosse respeitada.
O atentado na última sexta-feira (25) deixou três mortos no local - sendo duas professoras e uma aluna de 12 anos. A quarta vítima, uma professora de 38 anos, morreu neste sábado (26). Ela estava internada em estado gravíssimo.
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