Professora atingida no ataque em Aracruz acorda do coma e reconhece familiares
Segundo relato do marido, que há cinco dias vive uma rotina intensa de hospital em busca de notícias da esposa, ela ainda está entubada, mas já se encontra consciente
A professora de inglês Degina Rodolfo de Oliveira Fernandes, de 37 anos, atingida por cinco disparos no ataque realizado por um adolescente a duas escolas em Aracruz, ocorrido na última sexta-feira (25), acordou do coma nesta terça e reconheceu, pela primeira vez, os familiares. Em razão do atentado, quatro pessoas morreram e 12 ficaram feridas.
Segundo relato do marido, Leandro Fernandes, que há cinco dias vive uma rotina intensa de hospital em busca de notícias da esposa, ela ainda está entubada, mas já se encontra consciente, abriu os olhos e mexeu as pernas.
A vítima está internada no hospital Dr. Jayme Santos Neves, na Serra. Também segundo o esposo, Degina ainda está respirando com dificuldade.
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Segundo apuração da TV Vitória, amigos e familiares da professora se mobilizaram em campanha de doação de sangue, que é uma necessidade dela no momento. Degina é mãe de um casal de gêmeos e de um bebê de oito meses.
Estado de saúde de demais internados
No mesmo hospital em que Degina se encontra, outra professora, de 51 anos, permanece internada em estado estável, com previsão de saída da Unidade de Terapia Intensiva ainda nesta quarta (30).
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Já no Hospital Estadual de Urgência e Emergência (Heue), em Vitória, uma vítima de 58 anos segue estável, prevista para passar por uma cirurgia nos próximos dias.
No hospital Infantil de Vitória, o menino de 11 anos atingido na escola particular segue evoluindo no quadro médico. Na unidade semi-intensiva ele já consegue fazer caminhadas.
Quanto à adolescente de 14 anos, que também está no Hospital Infantil, após ter levado dois tiros na cabeça, segue em estado grave.
* Com informações da repórter Nathália Munhão para a TV Vitória | RecordTV
Entenda a tragédia ocorrida após ataques em escolas
Duas escolas de Aracruz foram alvos de ataques na manhã desta sexta-feira (25). Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo, duas professoras e uma adolescente morreram no local. Outra professora não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital neste sábado (26).
Os crimes aconteceram pela manhã, primeiro na Escola da Rede Estadual Primo Bitti, e em seguida na escola particular, no Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC).
Os ataques foram realizados por um adolescente armado com uma pistola .40, pertence a um tenente, pai do jovem, e um revólver 38, arma particular do policial militar.
O adolescente, que confessou o crime, não terá o nome divulgado por ser menor de idade. No momento do ataque, ele usava roupa camuflada, uma máscara de caveira e um bracelete com o símbolo nazista.
O suspeito chegou ao local a bordo de carro no modelo Renault Duster, cor dourada e com as placas cobertas. Ele entrou primeiro na escola estadual, onde atirou contra professoras. Duas delas morreram no local.
Em seguida, ele entrou no carro e se dirigiu para a escola particular, onde entrou correndo e efetuou diversos disparos. Uma adolescente morreu.
Sete feridos foram liberados após atendimento, mas cinco pessoas continuam internadas em hospitais de Vitória.
O que diz a defesa
A advogada de defesa do adolescente, Priscila Benichio Barreiros, disse, neste sábado (27), que aguarda a representação do Ministério Público do Espírito Santo para se posicionar sobre o ocorrido. Segundo Priscila, o adolescente está internado.