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Pó preto: Iema testa nova tecnologia para monitorar o ar na Grande Vitória

Hoje, o Iema conta com dois métodos de medição: um manual, para o monitoramento do pó preto e outro automático, que mede emissões de gases poluentes, mas que registra falhas

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução / TV Vitória

O Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema) anunciou na tarde desta terça-feira (14), investimentos em uma nova tecnologia, ainda em fase de testes, para tentar melhorar o monitoramento da qualidade do ar na Grande Vitória. 

Atualmente, o Iema conta com dois métodos de medição: um manual, para o monitoramento do pó preto e outro automático, que mede emissões de gases poluentes e partículas finas, que podem causar alergias, doenças respiratórias e até câncer. 

O novo investimento chega para substituir a parte automatizada do monitoramento, que, de acordo com o diretor-presidente do Iema, Alaimar Fiúza, apresentou falhas de setembro de 2022 a julho deste ano. 

"Esse processo de troca e atualização levou um tempo maior do que inicialmente planejado. Tínhamos planejado de 3 a 6 meses com as empresas que entregaram esses equipamentos a contrapartida, e demoramos praticamente 9 meses do último tremestre do ano passado, até o fim do primeiro semestre deste ano. Houve ocasiões em que uma estação teve que ser desligada para ligar outra e as estações de forma geral vinham com nível de disponibilidade menor", relatou. 

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"Qualidade do ar na Grande Vitória melhorou", afirma presidente do Iema

Ainda de acordo com Fiúza, apesar nas falhas da medição automática, a medição manual do pó preto continuou sem interrupções durante todo o período. Segundo ele, a qualidade do ar na Grande Vitória melhorou  está dentro do exigido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). 

"A tendência mostrada com uma série histórica robusta e com tendência de explicação linear e matemática, aponta sim para uma melhora de qualidade do ar", destacou. 

Pó preto ainda afeta residências na Grande Vitória

A confeiteira Wanessa Tanciana mora há 12 anos no bairro Jardim América, em Cariacica, e afirma que lidar com o pó preto é uma ocorrência diária. Segundo ela, o marido e o casal de filhos enfrentam problemas respiratórios por conta da poeira.

Ainda de acordo com ela, as responsáveis pela disseminação do pó preto são as indústrias que atuam na região. 

"Todo santo dia, a gente limpa a casa de manhã, a tarde e de noite. Eu acredito que venha das indústrias que atuam aqui perto, inclusive a gente tem na rua, nas proximidades, e acredito que grande parte seja das indústrias"

A confeiteira diz ainda que nos últimos 12 anos a presença do pó preto na região teve piora considerável e gradativa. 

"Moro aqui há 12 anos e no tempo que moro aqui, percebi uma piora de maneira muito gradativa"

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*Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/Record 

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