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Mulher empresta dinheiro ao sobrinho e acumula dívida de R$ 100 mil: "Nome sujo"

Quando se decide fazer um empréstimo para um familiar, é preciso ter em mente que a chance de receber o dinheiro de volta é pequena; conheça os riscos

Redação Folha Vitória

Foto: Reprodução/Record

Com o 13º salário na conta, é muito comum um familiar pedir aquele dinheiro emprestado. O programa Fala Brasil, da Record, conversou com especialistas em finanças, que alertam sobre os riscos de emprestar dinheiro para parente.

Quando se decide fazer um empréstimo para um familiar, é preciso ter em mente que a chance de receber o dinheiro de volta é pequena.

Se a ajuda financeira envolve emprestar dados pessoais ou o cartão de crédito, é melhor encontrar uma maneira de recusar.

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Há três anos, uma mulher, que prefere não revelar sua identidade, emprestou dois cartões de crédito a um sobrinho. O jovem havia sofrido um acidente de carro e alegou precisar do dinheiro para comprar peças.

No entanto, ele gastou mais de R$ 19 mil. Atualmente, a dívida junto às administradoras dos cartões de crédito totaliza quase R$ 100 mil. “Fiquei com nome sujo e eles ficam me ligando tora hora”, lamentou.

Ao solicitar qualquer tipo de empréstimo, é comum que as pessoas recorram a familiares e amigos. De acordo com a mais recente pesquisa realizada pelo setor varejista, 13% daqueles que emprestam seus nomes ou cartões de crédito para que outros realizem compras acabam ficando negativados.

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O professor de economia, Alberto Azsental, desaconselha fortemente a prática de emprestar o próprio nome para compromissos financeiros de terceiros. 

"Uma pessoa que está negativada não tem condições de pagar as dívidas. Então, se você emprestar dinheiro ou emprestar o seu cartão, provavelmente ela não vai pagar", enfatizou.

Alberto ressalta a importância de avaliar cuidadosamente a situação, aprender a dizer não, ou assumir o risco de arcar com a dívida sozinho.

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Em último caso, sugere-se que a pessoa compre diretamente o que o parente precisa, sem, em hipótese alguma, fornecer seus dados pessoais.

"Você nunca vai ter segurança daquilo que a pessoa vai comprar e o quanto ela pode se aproveitar de você", alertou o professor.

O que fazer? Amigos caem em golpe do aluguel de temporada: "Preço mais baixo"

Foto: @pressfoto/Freepik

Na intenção de economizar, Lucas de Andrade Melo, de 24 anos de idade, alugou um apartamento por R$ 280 para se arrumar com os amigos para uma festa a fantasia no Rio de Janeiro. O imóvel foi escolhido para tornar o deslocamento mais fácil, evitando atravessar a cidade com roupas nada comum.

Até a véspera do evento, tudo estava conforme o combinado. Entretanto, uma amiga de Lucas acessou novamente o aplicativo de aluguéis e encontrou outra residência com um preço mais baixo, optando por fechar a reserva. Os amigos não acharam ruim, pois isso significaria uma economia considerável.

"Chegamos na casa e já começamos a achar estranho, porque o proprietário não estava lá para nos receber. Começamos a ligar para o dono e um senhor apareceu", contou Lucas ao R7.

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O idoso informou ao grupo a residência estava alugada há mais de dois anos. Ele disse não reconhecer a pessoa que estavam chamando e que nunca havia utilizado aplicativos de aluguel. "A gente já tinha percebido que caiu em um golpe".

O verdadeiro proprietário da casa pediu uma foto do suposto locador e percebeu que se tratava do pedreiro que costumava prestar serviços para o idoso.

"Por ser pedreiro, ele tinha fácil acesso à casa. Então aproveitou um dia em que ninguém estava na residência e fez fotos para alugar no aplicativo como se fosse dele", afirmou Lucas.

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O grupo de amigos optou por não comparecer à festa, porém conseguiu recuperar o dinheiro perdido. Ainda assim, foram alvo do golpe do falso aluguel de temporada, uma prática comum que requer cautela ao alugar casas ou apartamentos por meio de sites e aplicativos.

Como o golpe do falso aluguel é aplicado? Entenda

No caso de Lucas, o golpe foi realizado por alguém próximo do verdadeiro proprietário. Porém, segundo o advogado especialista em crimes cibernéticos José Milagre, em casos mais elaborados, criminosos alugam um imóvel por meio de aplicativos de aluguel temporário, por poucos dias, e o anunciam como se fosse deles, oferecendo preços abaixo do mercado.

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Ao encontrar interessados, os criminosos agendam visitas para criar uma história real, solicitando garantias para a reserva do imóvel. Milagre afirma que o golpe é consumado no momento em que o pagamento é efetuado, pois os suspeitos desaparecem, deixando as vítimas sem dinheiro e sem o suposto imóvel alugado.

"Trata-se de fraude eletrônica, um crime previsto na lei nº 14.155/2021, sujeito a uma pena de até oito anos de reclusão", afirma o advogado ao R7.

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*Com informações do R7