Vitória pode voltar à rota de cruzeiros, mas atracagem no Porto está descartada
Na última segunda-feira (13), a Secretaria de Estado do Turismo do Espírito Santo (Setur) assinou contrato para realização de simulação de manobras de navios
Vitória pode retornar à rota nacional de cruzeiros marítimos, mas a atracagem de navios de passeio no Porto de Vitória está descartada, de acordo com o secretário de Turismo do Estado, Weverson Meirelles.
Na última segunda-feira (13), a Secretaria de Estado do Turismo do Espírito Santo (Setur) assinou contrato para realização de simulação de manobras de navios, que será realizada pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).
A simulação é passo fundamental para habilitação ou não da baía de Vitória para o recebimento de cruzeiros. Os resultados da simulação serão analisados pela Capitania dos Portos, da Marinha do Brasil.
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Sem a utilização do Porto, para receber os navios em Vitória, seria utilizado o método de posicionamento dinâmico, em que a embarcação para em algum ponto da costa e o embarque e desembarque de passageiros seria realizado por lanchas.
"Vamos simular o embarque e desembarque dos cruzeiros, já que os navios são grandes e não passam mais no vão da Terceira Ponte, por isso o Porto não está em análise. Funcionaria com uma parada em funcionamento dinâmico, onde o navio realiza a parada na costa e uma lancha faz o traslado de embarque e desembarque dos passageiros", explicou o secretário.
O método de posicionamento dinâmico é utilizado em outras cidades do Brasil, como Búzios, no Rio de Janeiro, Ilhabela, em São Paulo, e Balneário Camburiú, em Santa Catarina.
Como funciona a simulação
O Simulador Marítimo Hidroviário (SMH) é uma criação da Escola Politécnica da USP, e reproduz em computador condições e variações do mar que podem afetar navegabilidade e situações de embarcações.
O projeto é encabeçado pelo professor Eduardo Tanure, que compareceu ao Espírito Santo para captação de dados em campo para levar ao simulador.
De acordo com o secretário, no simulador são utilizados dados técnicos da corrente marítima do Espírito Santo, além da influência dos ventos na costa capixaba para realizar a simulação.
"É como se fosse um navio mesmo. Os técnicos fazem a inserção dos dados técnicos da nossa corrente marítima, da influência dos ventos na costa capixaba. Além disso, insere todas as características da embarcação, a capacidade do navio de cruzeiro, e simula a chegada deste navio à costa de Vitória", contou.
Ainda de acordo com o secretário, os resultados das simulações devem ficar prontos até o fim de dezembro ou início de janeiro de 2024. Os resultados serão entregues à Capitania dos Portos para análise de viabilidade.
Parada teste pode ser realizada em 2024
Além do professor, também esteve presente no Espírito Santo o presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Brasil), Marco Ferraz, para acompanhar as tratativas.
De acordo com o secretário, caso os resultados da simulação sejam aprovados pela Capitania dos Portos, há a possibilidade da realização de uma parada teste ainda em 2024 na costa de Vitória.
"Se os resultados forem positivos, há conversas com o Marco Ferraz para a realização de uma parada teste, tudo vai depender disso".
Ainda de acordo com Meirelles, caso tudo saia como planejado, a previsão é de que Vitória comece a retornar às rotas de cruzeiros marítimos na temporada de 2024-25.
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