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Anvisa faz descoberta fatal em 12 marcas de azeite populares e decreta retirada de Assaí e Carrefour

Órgãos identificam adulterações em azeites de oliva e alertam para riscos à saúde; retirada abrange grandes redes de supermercados no Brasil

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: divulgação/freepik

No último dia 22 de outubro, o Ministério da Agricultura e Pecuária, em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), divulgou a interdição de 12 marcas de azeite de oliva no Brasil. 

As marcas, populares entre os consumidores, foram alvo de análise e apresentaram riscos à saúde devido à adulteração com óleos vegetais, o que comprometeu a autenticidade dos produtos. 

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Em resposta, supermercados como Carrefour e Assaí foram orientados a suspender a venda dos lotes afetados.

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

MARCAS SUSPENSAS

De acordo com informações, as marcas interditadas incluem Almazara, Alonso, Don Alejandro, Escarpas das Oliveiras, Garcia Torres, Grego Santorini, La Ventosa, Olivas Deltango, Olivas Real, Quinta Deaveiro, Quintas D’Oliveira e Vicenzo

Os produtos foram analisados pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, que identificou a presença de óleos vegetais diversos misturados ao azeite de oliva, comprometendo a segurança alimentar e a autenticidade.

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

RISCOS À SAÚDE

O Ministério da Agricultura apontou que os produtos adulterados representam riscos significativos à saúde. Entre os possíveis problemas estão:

Reações alérgicas: Pessoas alérgicas a certos tipos de óleo, como o óleo de soja, podem sofrer reações adversas ao consumirem esses produtos adulterados.

Problemas gastrointestinais: A baixa qualidade ou mistura de óleos pode causar desconforto digestivo, náuseas e outros sintomas.

Perda de valor nutricional: O azeite de oliva é valorizado por seu conteúdo de antioxidantes e ácidos graxos benéficos, que são diluídos nas falsificações, reduzindo seus efeitos benéficos para a saúde.

Contaminação por substâncias tóxicas: A manipulação inadequada de óleos durante a adulteração pode acarretar riscos de contaminação por substâncias químicas ou pesticidas.

Aumento de gorduras trans: Algumas misturas podem conter gorduras hidrogenadas, que são prejudiciais à saúde cardiovascular.

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Foto: Pexels Free Images

ALERTA AOS CONSUMIDORES

Diante dos riscos, o Ministério da Agricultura orienta os consumidores a verificarem a procedência dos produtos e evitarem marcas de baixo custo, que podem ser mais suscetíveis a adulterações. 

Segundo o Código de Defesa do Consumidor, é recomendável que os consumidores suspendam imediatamente o uso dos produtos listados e, se possível, solicitem a troca.

Além disso, a ANVISA informou que a comercialização desses azeites adulterados constitui uma infração grave, e estabelecimentos que continuarem a vender esses produtos poderão ser penalizados.

Foto: Divulgação/ Internet

RESPOSTAS DAS EMPRESAS

Até o momento, duas empresas responderam às notificações:

Tascheti Alimentos e Serviços Ltda: Responsável pelo azeite Garcia Torres, a empresa informou que a adulteração ocorreu no lote 24013, que já foi retirado do mercado. A Tascheti destacou que mantém um rigoroso controle de qualidade e que o problema foi causado por terceiros responsáveis pelo envase.

TRL Internacional Importadora e Exportadora Ltda: Importadora dos azeites Vincenzo e Don Alejandro, declarou que apenas presta serviços de importação para empresas contratantes e forneceu toda a documentação solicitada ao Ministério da Justiça e ao PROCON. A TRL informou que não tem envolvimento direto com as marcas nem com práticas ilícitas.

Outras empresas notificadas ainda não se manifestaram, mas a reportagem permanece aberta para esclarecimentos.

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

COMO EVITAR AZEITES FALSIFICADOS?

O Ministério da Agricultura orienta os consumidores a evitarem azeites com preços muito baixos e vendidos a granel, e a consultarem se a marca já foi incluída em listas de produtos falsificados, como no site da ANVISA.

O mercado de azeite de oliva, que é um dos produtos mais fraudados no Brasil e no mundo, requer cuidados especiais dos consumidores, especialmente em um contexto de demanda elevada e preços elevados.

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