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Eleições nos EUA: eleitores decidem hoje entre Kamala Harris e Donald Trump

Eleição americana será definida pelo Colégio Eleitoral. Entenda o sistema e suas particularidades

Redação Folha Vitória

Foto: Reprodução / Instagram

A eleição presidencial dos Estados Unidos se encerra nesta terça-feira (5), quando os americanos poderão descobrir quem será o novo governante pelos próximos quatro anos: Kamala Harris, do Partido Democrata, ou Donald Trump, do Partido Republicano. 

O processo, no entanto, é diferente de outras democracias, pois a votação é indireta e definida pelo sistema do Colégio Eleitoral, não pelo voto popular direto.

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Como funciona o Colégio Eleitoral dos EUA?

Nos Estados Unidos, a eleição presidencial não se baseia apenas na quantidade de votos que cada candidato recebe. Em vez disso, o Colégio Eleitoral, composto por 538 delegados, determina o vencedor.

Cada estado possui um número específico de delegados, baseado em sua população, e, na maioria dos estados, o candidato vencedor no estado leva todos os votos dos delegados daquele território (sistema conhecido como "the winner takes all"). O Distrito de Colúmbia, onde fica Washington, D.C., também participa desse processo.

Para vencer, um candidato precisa garantir ao menos 270 votos dos delegados. Esse sistema permite que, ocasionalmente, o vencedor do Colégio Eleitoral não seja o mesmo que obteve a maioria dos votos populares. Esse cenário já aconteceu, por exemplo, em 2016, quando Donald Trump foi eleito presidente mesmo tendo menos votos populares que sua oponente, Hillary Clinton.

Distribuição dos delegados

A Califórnia é o estado com o maior número de delegados, somando 54 votos no Colégio Eleitoral. O Texas vem em segundo lugar, com 40 delegados, seguido pela Flórida (30), Nova York (28) e Illinois e Pensilvânia (ambos com 19). Os estados com menor representação – Dakota do Norte, Delaware, Dakota do Sul, Vermont, Wyoming, o Distrito de Columbia e o Alasca – têm três delegados cada.

Maine e Nebraska são exceções ao sistema de "winner takes all": eles distribuem seus votos de forma proporcional, levando em conta os distritos eleitorais onde cada candidato venceu.

Swing States: decisivos para o resultado

Sete estados são considerados "swing states" ou "estados pêndulos" – locais onde as intenções de voto não indicam uma maioria clara para nenhum dos partidos. Esses estados incluem Arizona, Carolina do Norte, Geórgia, Michigan, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin. Historicamente, essas regiões podem pender para qualquer partido, tornando-as fundamentais para a vitória no Colégio Eleitoral.

Em caso de empate de 269 a 269 delegados, o processo de escolha vai para a Câmara dos Deputados dos EUA, onde a delegação de cada estado tem direito a um único voto.

Voto antecipado

Outra característica do sistema eleitoral americano é o voto antecipado. Para reduzir filas e evitar aglomerações no dia da eleição, alguns estados permitem que os eleitores enviem seus votos pelos Correios ou em locais previamente estabelecidos. Este ano, mais de 80 milhões de eleitores optaram pelo voto antecipado, seja pelo correio ou em pontos de coleta específicos, inclusive do exterior.

Esse sistema complexo é parte da tradição democrática americana e contribui para uma eleição marcada tanto por rivalidades quanto pela expectativa de uma participação ampla da população. A decisão final, esperada para hoje, pode marcar os rumos da política americana nos próximos anos.

*Com informações da Agência Brasil.