Risco de câncer: emissora confirma decreto de interdição da Anvisa contra n°1 das mulheres no Brasil
Equipamentos interditados pela ANVISA representam risco de câncer de pele; prática é proibida no Brasil desde 2009
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) interditou, nesta primeira semana de novembro, aproximadamente 30 câmaras de bronzeamento artificial em dois estabelecimentos na Grande São Paulo.
LEIA MAIS:
300kg de carne podre: Anvisa faz interdição contra açougue popular
ANVISA traz 5 alertas urgentes sobre o Ozempic em comunicado emergencial
Anvisa faz descoberta fatal em 12 marcas de azeite populares e decreta retirada de Assaí e Carrefour
A ação foi realizada em parceria com o Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) e o Centro de Vigilância Sanitária (CVS), com o objetivo de fiscalizar a utilização de câmaras de bronzeamento, prática proibida no Brasil desde 2009 devido aos riscos à saúde, incluindo o câncer de pele.
INTERDIÇÕES E IRREGULARIDADES
A operação identificou dois fabricantes clandestinos de câmaras de bronzeamento em Arujá e Guarulhos, onde os equipamentos estavam em uso sem as autorizações sanitárias exigidas.
Entre as infrações encontradas, destacam-se a ausência de alvará sanitário e a falta de Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE), o que agrava as violações das normas de segurança e sanitárias estabelecidas pela ANVISA.
Segundo a agência, a interdição se baseia na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 56/2009, que proíbe o uso de câmaras de bronzeamento para fins estéticos devido às comprovações científicas dos graves riscos à saúde.
RISCOS ASSOCIADOS AO BRONZEAMENTO ARTIFICIAL
Estudos realizados pela Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), mostram que o uso de câmaras de bronzeamento aumenta em até 75% o risco de desenvolvimento de melanoma em pessoas que utilizam esses equipamentos antes dos 35 anos.
Publicado na revista Lancet Oncology, o estudo classificou as câmaras de bronzeamento artificial no grupo 1 de substâncias cancerígenas, ao lado do arsênio e do gás mostarda.
ALTERNATIVAS PARA UM BRONZEAMENTO SAUDÁVEL
Embora o bronzeamento artificial seja uma prática popular, especialmente no verão, o Ministério da Saúde e especialistas recomendam alternativas mais seguras para aqueles que desejam manter a pele bronzeada. Entre as opções estão:
Alimentos ricos em betacaroteno: Consumir alimentos como cenoura, abóbora, manga, mamão e batata-doce, que ajudam a prolongar o bronzeado natural e estimular a produção de melanina.
Produtos autobronzeadores: O mercado oferece autobronzeadores em diferentes formatos – como cremes, géis e mousses – que podem proporcionar um bronzeado gradual e seguro. Recomenda-se, no entanto, testar o produto em uma pequena área da pele antes de usá-lo amplamente para evitar reações alérgicas.
Além dessas alternativas, especialistas lembram que o uso de filtro solar continua essencial, inclusive durante o inverno ou em dias nublados, para proteger a pele dos raios UVA e UVB e prevenir doenças de pele e o envelhecimento precoce.
LEIA MAIS: Fim da aposentadoria? Confira 4 alertas que podem fazer idosos perderem o INSS
A ANVISA e o reforço na fiscalização
Desde que a prática foi proibida no Brasil em 2009, a ANVISA vem intensificando a fiscalização de estabelecimentos que operam com bronzeamento artificial de forma clandestina.
A agência alerta que o uso desse tipo de equipamento constitui uma infração grave e destaca a importância da conscientização sobre os riscos à saúde associados ao bronzeamento artificial.
Para informações adicionais sobre proibições e alertas da ANVISA, os consumidores podem consultar o site oficial da agência e manter-se informados sobre práticas seguras para cuidados com a pele.
LEIA MAIS: INSS antecipa o pagamento do 13º salário em novembro para idosos