A greve dos rodoviários está marcada para começar a partir da 0 hora desta segunda-feira (03), na Grande Vitória. Durante a reunião que aconteceu neste domingo (02), na Praça Oito, no Centro da Capital, os trabalhadores decidiram negar a nova proposta de 3% oferecida pelas empresas de ônibus. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindirodoviários, José Carlos Sales Cardoso, após a assembleia.
Entenda
Na quinta-feira (29), durante uma assembleia, representantes do Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) fizeram uma nova proposta de reajuste aos trabalhadores, de 3% sobre o salário, com vigência a partir do próximo dia 23 de janeiro de 2019, mantendo as verbas de plano de saúde e auxílio-alimentação, congeladas. O índice reivindicado pelo grupo é de 4%.
O Sindirodoviários publicou um edital de greve após a categoria recusar a proposta patronal, que sugere reajuste de 2% para salário, plano de saúde e auxílio-alimentação
O Sindirodoviários afirmou que, independente do início da greve, a circulação de 30% da frota de veículos dos sistemas Transcol, Seletivo e municipais de Vitória e Vila Velha será garantida. O número implica em 430 veículos de um total de 1.426 ônibus operantes, de acordo com o GVBus.
O Sindicato das empresas de transportes metropolitanos chegou a entrar com uma liminar no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), também na quinta-feira. No documento, o pedido pela manutenção de 100% da frota do sistema Transcol, ou um mínimo de 90% nos horários de pico e 70% nos demais horários.
A solicitação de uma multa, em caso de descumprimento de outras exigências durante a paralisação, como a proibição da realização de bloqueios nas sedes e empresas de garagens e em vias públicas destinadas ao trânsito de ônibus e de atos de vandalismo como depredação dos carros e incêndio dos veículos, também foi incluída.
Prejuízo no comércio
Em nota divulgada na quinta-feira (29), a Federação do Comércio no Espírito Santo (Fecomércio-ES) destacou que a estimativa para queda no movimento das lojas gira em torno de 30 a 40%, variando de acordo com a localização do comércio.
Ainda de acordo com a Fecomércio, considerando os principais municípios atingidos pela greve de ônibus na Grande Vitória (Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica e Viana), o PIB diário do comércio e serviços desses municípios e o percentual de queda no fluxo, é possível estimar que esses setores deixem de faturar cerca de R$ 8 milhões por dia.