Top 10: Conheça os monumentos que você não pode deixar de visitar em Vitória
De acordo com Mario Fosse, coordenador do Projeto Monumentos Capixabas, cada um desses ícones culturais é um símbolo com vários significados
A cidade de Vitória possui mais de 90 monumentos, bustos e estátuas distribuídos em diversas partes da capital. Algumas obras se destacam como importantes pontos turísticos. Outras, pela relevância histórica e cultural.
Segundo o secretário de cultura de Vitória, Francisco Grijó, os monumentos representam a memória de um povo. "Cada um deles possui um motivo de existir, seja ele histórico ou cultural. As pessoas deveriam ter a consciência da verdadeira representatividade de cada obra. Na realidade, elas representam a identidade de onde estão inseridas. Não só são um marco histórico, como são obras arte", resume.
De acordo com Mario Fosse, coordenador do Projeto Monumentos Capixabas, cada um desses ícones culturais é um símbolo com vários significados, que podem representar uma época, uma área, uma crença, uma cultura, um país ou uma cidade. "Os monumentos fazem parte da evolução da cidade na qual estão inseridos. Além de cultura, elas possuem uma grande importância histórica", afirma.
O Projeto Monumentos Capixabas, criado em 2017, visa realizar o resgate histórico dos monumentos espalhados por todos os 78 municípios do Espírito Santo. Um dos objetivos para 2019 é catalogar todas as igrejas e escadarias de Vitória.
Entre as obras localizadas em Vitória, Mario Fosse destaca o monumento do Imigrante Italiano, localizado ao lado do Shopping Vitória; o Relógio da Praça Oito, no Centro; e também a estátua do Índio Arariboia, agora localizada dentro do Saldanha da Gama.
Confira 10 importantes monumentos de Vitória:
A Cruz do Papa, localizada na Praça do Papa, na Enseada do Suá, em Vitória. O monumento foi construído após a visita do pontífice João Paulo II ao Espírito Santo, em 1991. Concebido pelo escultor grego Ioannis Zavoudakis, radicado no Espírito Santo, o monumento é constituído por uma cruz de aço, com forma curvilínea, assentada sob base de concreto armado. Traz no alto uma pomba branca, simbolizando o Espírito Santo, componente da Santíssima Trindade, segundo a Religião Católica.
A escadaria Bárbara Monteiro Lindenberg, em frente ao Palácio Anchieta, possui diversas estátuas. A obra foi construída em estilo Luis XVI pelo engenheiro francês Justin Norbert, em 1912, conforme contrato firmado com o Governo do Estado do Espírito Santo.
Projetada pelo arquiteto Francisco Bolonha, em 1952, a Concha Acústica, localizada no Parque Moscoso, em Vitória, foi construída no mesmo ano e é duplamente um elemento escultórico e arquitetural, condição obtida pela ênfase plástica que domina sua concepção.
A estátua, que representa a divindade Iemanjá, reverenciada em cultos afro-brasileiros, foi erguida durante a administração do prefeito Hermes Laranjas. A estátua fica localizada na Praia de Camburi.
O monumento ao Imigrante Italiano é constituído por dois obeliscos em granito verde, com 30 metros de altura. O símbolo destaca a importância da cultura italiana na formação do povo capixaba. Seus dois obeliscos representam esses dois povos, demonstrando que a distância geográfica não é uma barreira para a integração cultural. Inaugurada em junho de 2000, a obra arquitetônica foi erguida na Praça da Itália, local que recebeu essa denominação em 1992.
A estátua de "Dona Domingas" fica no Centro de Vitória, próxima ao Palácio Anchieta. Dona Domingas era uma mulher negra e idosa, catadora de papel, que residia no bairro Santo Antônio. Figura muito conhecida em Vitória, percorria diariamente as ruas, a pé, carregando um sacolão e um porrete de madeira. Apesar da fama de mal-humorada, aceitou ser modelo do escultor italiano que, ao observá-la, produziu uma das suas mais belas obras de arte.
A obra "O Beijo" fica localizada na área interna do Parque Pedra da Cebola. Criada em 2001, o monumento é uma homenagem ao renomado naturalista capixaba Augusto Ruschi.
Localizada na Rua Barão de Monjardim - acesso ao Parque Gruta da Onça, no Centro de Vitória - a escultura remete a uma das principais lendas de Vitória. Segundo a história, um índio que buscava água na fonte foi surpreendido pela onça e fugiu para junto ao Penedo, do outro lado da Baía de Vitória. Desde então, a onça passou a ser guardiã da gruta, continuando a viver em seu interior.
Inaugurado em 1942, o Relógio da Praça Oito de Setembro é marco referencial para quem passa pelas avenidas Jerônimo Monteiro e Princesa Isabel, no Centro de Vitória. É um conjunto de quatro relógios, um em cada face da torre. A praça sempre foi ponto de encontro e vivência social e palco de inúmeros atos públicos e manifestações políticas. Projetada por Jayme Figueira e construída sob responsabilidade de Radagásio Alves e Chico Francês, a torre do relógio possui 16 metros de altura.
A obra "Índio Arariboia" foi realizada pelo artista italiano naturalizado brasileiro Carlo Crepaz (1911/1992), que chegou a Vitória em 1951 e é autor de inúmeros outros monumentos no Espírito Santo. Nunca foi comprovada a informação de que a estátua ficava sobre uma pedra na água, como também é incerta a informação de que o monumento foi transferido para o aterro da Condusa, na Praia do Canto, e posteriormente para a praça Américo Poli Monjardim, no Centro de Vitória, entre as décadas de 1970 e 1980. Atualmente fica localizada dentro do Saldanha da Gama.