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Adolescente baleada na cabeça durante ataque em Aracruz deixa a UTI

Thaís Pessotti, de 14 anos, deixou a UTI e se encontra no setor semi-intensivo

Foto: Reprodução redes sociais

A estudante Thais Pessotti da Silva, de 14 anos, uma das vítimas do ataque a escolas em Aracruz em 25 de novembro, recebeu alta da UTI e agora está no setor semi-intensivo Hospital Estadual N.Sra. da Glória “Infantil de Vitória” (HINSG). As informações são da Secretaria da Saúde do Espírito Santo (Sesa). 

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Thais foi baleada na cabeça durante os ataques e foi socorrida em estado grave. Durante três dias a adolescente permaneceu intubada em estado gravíssimo. Ela foi extubada na última quarta-feira (1º), mas seguia na UTI, até evoluir para um quadro estável na manhã deste dia 07. 

Além da adolescente,  outras duas mulheres seguem internadas, ambas no  Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves (HEJSN), a Serra. Uma de 51 anos, que se encontra estável em uma enfermaria e outra de 37 anos, extubada, mas na UTI em estado geral grave. 

Quatro pessoas morreram 

Foto: Divulgação | Montagem FV

Duas escolas de Aracruz foram alvos de ataques na manhã de sexta-feira (25). Duas professoras e uma adolescente morreram no local. Outra professora não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital no sábado (26).

O crime aconteceu pela manhã. O primeiro alvo do atirador foi a Escola da Rede Estadual Primo Bitti. Em seguida, ele foi para uma escola particular, o Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC).

Os ataques foram realizados por um adolescente, de 16 anos, armado com uma pistola .40, pertence a um tenente, pai do jovem, e um revólver 38, arma particular do policial militar. O jovem foi apreendido na tarde de sexta-feira (25).

O adolescente, que confessou o crime, não terá o nome divulgado por ser menor de idade. No momento do ataque, ele usava roupa camuflada, uma máscara de caveira e um bracelete com o símbolo nazista.

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O suspeito chegou ao local a bordo de carro no modelo Renault Duster, cor dourada e com as placas cobertas. O veículo foi fundamental para ajudar na identificação do jovem.

Atirador é ex-aluno de escola e planejou ataque por dois anos

O adolescente de 16 anos, apontado como autor dos ataques que ocorreram em duas escolas de Aracruz, no Norte do Espírito Santo, era ex-aluno de uma das unidades alvo do ataque.

A informação foi divulgada pelo governador do Estado durante uma coletiva de imprensa realizada após a prisão do jovem. Segundo Renato Casagrande, o adolescente, teria planejado o crime nos últimos dois anos e escolheu a sexta-feira, 25 de novembro, para colocá-lo em prática.

Foto: Reprodução | Câmera de Videomonitoramento

Pai de adolescente é afastado e investigado na PM

O pai do adolescente que invadiu duas escolas em Aracruz foi afastado das funções operacionais da Polícia Militar. A corporação também instaurou um inquérito para apurar a facilidade em que ele teve acesso às armas do pai. O policial militar, pai do garoto, irá atuar apenas em atividades administrativas durante as investigações.

O adolescente de 16 anos, segundo a polícia, confessou o crime. Em depoimento à Polícia Civil, o jovem disse que aproveitava para manusear as armas do pai, que é da Polícia Militar, sempre que ficava sozinho em casa. Segundo o adolescente, antes que os pais retornassem, ele colocava as armas no mesmo lugar para que o pai não desconfiasse.

Ano letivo será encerrado de forma não presencial em escolas invadidas em Aracruz

Após ataques realizados em duas escolas de Coqueiral de Aracruz, sendo uma pública e outra particular, a Secretaria do Estado da Educação (Sedu) divulgou que os alunos da escola estadual vão encerrar o ano letivo por meio de Atividades Pedagógicas Não Presenciais (APNPs).

A decisão foi tomada após encontros com representantes dos professores, alunos, pais e comunidade escolar da unidade de ensino, e considera o fato de que todos ainda estão abalados com o ocorrido e, portanto, sem condições de retornar ao local para exercer a atividade.

Atirador já foi julgado

O adolescente foi julgado pela Vara de Infância e Juventude  do município e teve a sentença divulgada nesta quarta-feira (07). A decisão informou que o menor cumprirá medida socioeducativa com o prazo máximo de 3 anos, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 

Segundo o juiz, apesar do adolescente não cumprir pena, já que é considerado inimputável pela lei brasileira, ele passará por avaliação semestral, como uma forma de acompanhá-lo de perto.