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Chuva que atinge o ES será igual a de 2013? Entenda as semelhanças e as diferenças do fenômeno

A chuva que cai no Espírito Santo há mais de uma semana já deixou mais de 3 mil pessoas fora de suas casas

Foto: Divulgação / Prefeitura de Viana

A chuva que atinge o Espírito Santo há mais de uma semana tem deixado diversos estragos. Mais de 3 mil pessoas já precisaram sair de suas casas e um idoso morreu em um deslizamento de terra. 

A preocupação de muitos capixabas é que o volume de chuva fique ainda maior e a situação observada no Estado chegue próximo ao que foi visto em dezembro de 2013, durante uma das maiores tragédias naturais do Espírito Santo provocadas pela chuva.

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Na época, a casa da Maria da Conceição, que fica no bairro Vila Bethânia, em Viana, ficou tomada pela água e pela lama. Ela perdeu quase todos os móveis. Quase dez anos depois, ela vê a história se repetir. 

"Guarda roupa, sofá, geladeira, tudo se perdeu. A parede ficou toda estragada. Hoje ficou cheio de água de novo. Da outra vez, teve muito esgoto. Ficou um cheiro insuportável por várias semanas. Agora, veio muita lama", desabafou.  

A tragédia difícil de esquecer deixa a população preocupada. Muitas pessoas têm medo de reviver o drama agora, em 2022. Segundo a Defesa Civil Estadual, a semelhança nos dois casos é que a chuva foi espaçada e persistente. No entanto, a quantidade de chuva teve uma proporção maior naquele ano.

Em Vitória, por exemplo, choveu mais de 700 milímetros em dezembro de 2013. Em Santa Teresa, na região Serrana, foram mais de 800 milímetros. Na época, mais de 60 mil pessoas ficaram desalojadas ou desabrigadas e 23 morreram. 

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A região Norte foi onde mais choveu nesta semana. Nos últimos dois dias, só em Fundão, choveu quase 330 milímetros. O município é um dos mais castigados neste ano. Nesta semana, mais de 3 mil pessoas precisaram sair de casa e um idoso morreu, em Viana.

"Essa chuva tem características semelhantes ao fenômeno que aconteceu em 2013. Obviamente, não a mesma intensidade. A quantidade de desabrigados e desalojada, por exemplo, está muito pequena quando comparado com aquele ano", disse o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Alexandre Cerqueira.

Para a meteorologista, Josélia Pegorim, o fenômeno vivenciado em dezembro de 2013 foi excepcional. "Em 2013, observamos um volume excepcional na Grande Vitória, na Região Serrana e do Vale do Rio Doce. As outras regiões tiveram chuva, mas não foi tão volumosa como a que ocorreu na parte central do Estado. Foi um período excepcional", disse. 

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Procurado pela reportagem, o Governo do Estado informou que, nestes quase dez anos, diversos investimentos foram realizados no Estado para minimizar o impacto das chuvas. 

Em nota, o governo enumerou uma série de obras concluídas, em andamento ou licitadas frutos de um investimento de mais de R$ 600 milhões. Entre elas, as estações de bombeamento, como a do canal da Costa e de Aribibi, além da construção de galerias e obras de macrodrenagem.

*Com informações da repórter Luana Damasceno, da TV Vitória/Record TV.

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