Cesan e Vale fazem parceria para fornecimento de água de reúso
A etapa final de mais uma cooperação com a mineradora para a reutilização da água na indústria junto a Cesan foi anunciada nesta terça-feira (12)
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O governo do Espírito Santo anunciou uma parceria com a Vale e a Cesan para reutilizar a água de tratamento do esgoto de Manguinhos. O comunicado foi confimado pelo governador Renato Casagrande durante a inauguração da primeira usina de briquete de minério de ferro do mundo, em Vitória.
Durante o evento, o vice-governador e secretário de Desenvolvimento do Estado, Ricardo Ferraço, aproveitou a oportunidade e informou a etapa final de mais uma cooperação com a Vale para a reutilização da água na indústria, sem competição com os moradores.
"Com essa estação de reúso que estamos colocando de pé, em parceria com a Cesan, acreditamos que pegando a estação de Manguinhos e fazendo uma reconfiguração dela, usando no processo industrial, o processo de água de esgoto, não vamos precisar utilizar água nova no processo industrial da Vale", contou.
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Casagrande confirmou a declaração e afirmou que irá assinar nos próximos dias um memorando para que a Vale possa fazer o reúso da água da estação de tratamento do esgoto. "Vai entrar em funcionamento nos próximos meses, semelhante a que fizemos com a ArcelorMittal", disse.
O vice-governador ainda discursou: "essa inauguração nos faz refletir sobre um projeto de desenvolvimento que nós queremos pro Espírito Santo e que nós precisamos continuar perseguindo".
Segundo Ferraço, a orientação do governador do Estado não é o desenvolvimento a qualquer custo. "O que vale é o desenvolvimento que traz associado os princípios e valores que consideram o tema da emergência climática", contou.
ES tem 1ª usina de briquete de minério de ferro do mundo
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A Vale inaugurou a primeira usina de briquete de minério de ferro do mundo, na Unidade Tubarão, em Vitória, nesta terça-feira (12).
Resultado de quase 20 anos de pesquisas em laboratórios, os briquetes de minério de ferro tem o potencial de revolucionar a siderurgia. Mas, por que ele é uma das apostas para uma mineração mais sustentável?
Isso acontece, pois a produção do briquete gera menos emissões porque exige temperaturas mais baixas. Ele é uma mistura de minério de ferro com uma solução de aglomerantes que mantém as partículas unidas e conferem resistência ao produto, sendo um dos ingredientes usados para fabricar o aço.
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Ao usar o briquete de minério de ferro, é possível reduzir em até 10% as emissões de gás carbônico, além de não usar água em sua fabricação. O aglomerante usado na produção pode ser feito com areia de rejuntes de minério.
No futuro, segundo o diretor-presidente da Vale Eduardo Bartolomeo, ainda poderá ser possível a produção de aço com zero emissão de gases, quando o hidrogênio verde estiver disponível.
“Estamos oferecendo um produto que apoiará nossos clientes, os fabricantes de aço, a se adequarem às metas de redução de emissões que estão sendo adotadas por governos em todo o mundo, contribuindo para o combate à mudança climática”, explica.
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"Não é a toa que essa primeira planta fica no Espírito Santo. Afinal, foi aqui em Tubarão, em 1969, que a Vale inaugurou sua primeira usina de pelotização, com um produto inovador, que permitiu a aglomeração e reutilização dos finos de minério. Essa é a mesma planta que adaptamos para a produção de briquetes de minério de ferro que hoje coloca o Espírito Santo na vanguarda da descarbonização do mundo", disse o diretor-presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo.
Além disso, Bartolomeo afirma que a Vale está induzindo a neoindustrialização no Brasil, que será baseada na indústria de baixo carbono. Segundo ele, só terá valor se for baixa e inclusiva.
Lembrando que o briquete está incluído na estratégia da Vale de reduzir em 15% as emissões de escopo 3, relativas à cadeia de valor, até 2035.
Além disso, a Vale também busca reduzir suas emissões líquidas de carbono diretas e indiretas (escopos 1 e 2) em 33% até 2030, como primeiro passo para zerar suas emissões líquidas até 2050.
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Durante a cerimônia de início da produção da usina, nesta terça-feira, Casagrande explicou o motivo da usina de briquete ser um passo importante, assim como o Plano de Neutralidade Carbônica, conhecido como plano de descarbonização, apresentado na COP 28.
"O nosso plano estabelece que até 2030, [aconteça] 27% de redução das emissões de carbono comparado com 2021. Em 2040, 50% das emissões e 2050, 100% da compensação das emissões", contou.
O governador ainda afirmou que o perfil de emissão de gases do Espírito Santo é diferente do resto do País.
"Para nós tem um desafio diferente. O nosso plano vai ser monitorado e acompanhado para poder chegar aos resultados que precisamos chegar, nas metas que nós estabelecemos, como metas negociadas com a Federação da Indústria, Federação do Transporte e Federação da Agricultura", explicou.
"É um plano da sociedade capixaba e exige atitudes como essa, exige que possa pensar em inovação para poder chegar em resultados como esse", finalizou o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande.
2ª usina de briquete de minério de ferro chega ao ES ainda em 2024
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Os testes com carga na primeira planta de briquete começaram em agosto e apresentaram bons resultados, o que possibilitou o início da operação da primeira usina ainda em 2023.
"Hoje é um dia histórico da Vale, que certamente um marco para a mineração, para a siderurgia e para a jornada global da descarbonização. Estamos oficializando do início da operação da primeira planta de briquetes de minério de ferro do mundo", disse Eduardo Bartolomeo.
Contudo, está não será a única. Uma segunda planta na unidade de Tubarão, em Vitória, tem inauguração prevista para o início do próximo ano.
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Juntas, as duas usinas terão capacidade de produzir 6 milhões de toneladas por ano – resultado de um investimento de R$ 1,2 bilhão e que gerou 2.300 empregos no pico das obras.
Em 2024, as duas plantas de Tubarão irão produzir cerca de 2,5 milhões de toneladas. A produção crescerá gradativamente até atingir os 6 milhões de toneladas por ano. "Nossa expectativa é, após 2030, produzir 100 milhões de toneladas por ano de briquetes e pelotas", contou Bartolomeo.
Segundo Marcello Spinelli, vice-presidente executivo de Soluções de Minério de Ferro, o interesse demonstrado pelos clientes os deixou confiantes de que o briquete veio para revolucionar a produção de aço.
"A descarbonização da siderurgia se dará em etapas. Na primeira, nossos clientes estão buscando formas de aumentar a eficiência operacional na rota de alto-forno, reduzindo o gasto de energia e, consequentemente, diminuindo emissões de CO2. Nesse estágio, o briquete já faz diferença", contou.
"E na etapa final, quando o hidrogênio verde estiver disponível, o briquete contribuirá para a produção de aço de zero emissão, o que será feito por meio da rota de redução direta, considerada mais ‘limpa’ que a do alto-forno", explicou Spinelli.
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