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Condomínio onde vigilante morreu eletrocutado é autuado em Vila Velha

Equipes do Crea-ES constataram que a manutenção de uma bomba d’água estava sendo realizada pelo vigilante após um problema de abastecimento num bloco específico

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação/Crea-ES

O condomínio localizado no bairro de Itapoã, em Vila Velha, onde um vigilante de 34 anos morreu após choque elétrico na noite do último domingo (24), foi autuado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) por exercício ilegal da profissão.

Durante as vistorias técnica e fiscal realizadas na manhã desta terça-feira (26), equipes do Conselho constataram que a manutenção de uma bomba d’água estava sendo realizada pelo vigilante após um problema de abastecimento num bloco específico.

Entretanto, foi afirmado que, ele estava sem acompanhamento de profissional habilitado e sem registro de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) no Conselho. 

“O condomínio possui cerca de 40 bombas d’água. Não identificamos responsável técnico habilitado pela manutenção dessas bombas, nem preventiva e nem corretiva”, informou o gerente de relacionamento institucional do Crea-ES engenheiro civil e de segurança do trabalho Giuliano Battisti.

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Além disso, o engenheiro destacou que, o local onde fica instalada a bomba d’água é um compartimento pequeno, de difícil acesso e que proporciona pouca mobilidade. O ambiente estava bastante úmido e com fiações expostas. 

"A tensão do local é de 220 volts e que fornece uma corrente elétrica elevada, que pode ter contribuído para essa fatalidade. Além disso, tivemos a informação de que o vigilante realizava manutenção da bomba d’água sem utilizar os equipamentos de proteção individual (EPIs). Não podemos afirmar que o vigilante levou um choque elétrico, mas há indícios e circunstâncias que tal fato pode ter ocorrido", relatou Battisti.

O Crea-ES também orientou ao síndico do condomínio que providenciasse adequações no quadro de distribuição de energia, onde foram constatados disjuntores oxidados e com elementos elétricos expostos. 

“Esses disjuntores são os dispositivos que enviam energia para os blocos. É necessária uma rotina programada de manutenções preventivas e corretivas. Adotando esses procedimentos diminui-se muito o risco de acidentes”, alertou.

O presidente do Crea-ES engenheiro Jorge Silva disse que o Conselho tem intensificado ações de caráter educativo e orientativo no sentido de sensibilizar os condomínios para a importância da contratação de profissionais e empresas habilitados para realizar obras e serviços de engenharia e como essa medida pode evitar acidentes. 

“Nossa intervenção em situações como essas é contribuir com a comunidade que nos aciona, apurar responsabilidades e, principalmente, orientar sobre o correto exercício da atividade profissional da engenharia”, concluiu Jorge Silva

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