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Grávida atingida por concreto que caiu de poste passa por cirurgia na cabeça

Clesiane está grávida de quase 6 meses e sofreu traumatismo craniano após o impacto do pedaço de concreto na cabeça, em acidente na orla de Itaparica, Vila Velha

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Clesiane de Fátima Viana, de 34 anos, atingida por um pedaço de concreto que caiu de um poste na orla de Itaparica, em Vila Velha, passou por cirurgia em um hospital particular de Vitória, na tarde desta segunda-feira (4). 

De acordo com o marido dela, o empresário João Paulo da Silva Martinez, Clesiane entrou na sala de cirurgia por volta de 15h e a previsão é de que o procedimento durasse, pelo menos, três horas. Ele não disponibilizou mais informações sobre o estado de saúde da esposa. 

Clesiane está grávida de quase seis meses e sofreu traumatismo craniano após o impacto do pedaço de concreto na cabeça e foi constatada uma fratura na parte de cima da cabeça. 

Os exames apontaram que, por conta da lesão, uma intervenção cirúrgica era necessária, por conta de o osso realizar pressão em partes do cérebro, o que causava falta de coordenação motora nas pernas.

Em vídeo publicado na manhã desta segunda, Clesiane relatou que está sentindo as pernas, mas percebe que elas estão formigando bastante. Além disso, relatou que precisa de ajuda para conseguir andar.

"Eu tenho que fazer essa cirurgia com uma certa pressa, porque o osso está pressionando uma parte do meu cérebro, que está afetando a minha coordenação motora das pernas".

No vídeo, apesar do susto e de aparentar certa fraqueza, ela relata que tudo estava bem com o bebê. 

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"Com o bebê, aparentemente está tudo bem. O coraçãozinho está normal, está mexendo. Nossa preocupação mesmo é a questão do movimento das pernas e a liberação dessa cirurgia".

Hospital estadual não realizou exames na vítima

O acidente aconteceu no final da manhã de domingo (3), quando ela e o marido caminhavam pela orla. Durante o passeio, eles pararam para observar o mar e a mulher acabou atingida pelo concreto de aproximadamente 1kg, que se desprendeu.

O marido de Clesiane, o empresário João Paulo da Silva Canadell Martinez, conta que, antes de dar entrada no hospital particular, a esposa foi levada para um hospital público estadual — o Hospital Estadual de Urgência e Emergência São Lucas, também na Capital.

Ele reclama que, no local, nenhum exame de imagem do crânio foi realizado na esposa.

"Não foi feito. Quando eu cheguei para vê-la, ela já estava de alta. Eu fui atrás do médico para questionar por que não tinha feito, porque, mesmo eu completamente leigo no assunto, pela gravidade da situação, imaginei que poderia ter alguma ligação o fato dela não estar sentindo as pernas com a pancada na cabeça. E, segundo o médico, era o procedimento padrão, porque ela estava consciente e não deveria fazer, porque o risco não valeria a pena pelo fato dela estar grávida", contou.

A situação deixou o empresário revoltado e preocupado, já que a esposa está grávida de quase seis meses. Além disso, chegou a ficar mais de 15h em jejum.

"Minha esposa está sem sentir as pernas, super fraca, há mais de 15h sem se alimentar, e com o bebê, que aparentemente está bem, mas eu não sei até quando. E eu, honestamente, não sei se ela vai voltar a andar, por conta de várias negligências. Desde a prefeitura ou seja lá o órgão responsável, que não cuidou do poste e fez isso acontecer, até o hospital público".

João Paulo conta que, após sair com a esposa do hospital estadual, Clesiane voltou a desmaiar. Por isso, decidiu levá-la para o hospital particular.

"Em casa, ela acabou passando mal no banho e desmaiou. Ficamos mais preocupados e corremos com ela para esse hospital".

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