Iema procura guardião para adotar coruja-buraqueira no ES
A coruja será adotada por um Guardião de Fauna, uma categoria de cativeiro que recebe animais silvestres sem condição de retornar ao seu habitat natural
O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) colocou uma coruja-buraqueira para adoção para cidadãos que têm interesse em cuidar de animais silvestres.
A coruja será adotada por um Guardião de Fauna, que é uma categoria de cativeiro que recebe animais silvestres sem condição de retornar ao seu habitat natural, seja por questão física, psicológica ou outras limitações.
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Para se tornar um Guardião de Fauna, basta realizar um cadastro enviando um email para [email protected], com nome completo e informações sobre os animais que tem condições de adotar.
O Iema seleciona os guardiões com base na ordem de inscrição e nas condições do animal que estiver disponível para adoção. O Instituto entra em contato com o candidato quando surgir uma oportunidade compatível.
No caso desta coruja-buraqueira, ela não tem mais condições de voo, devido às sequelas de uma fratura na asa e em uma pata. Por isso, a ave precisa de uma guarda especial, com um ambiente adaptado para suas necessidades.
Os animais são encaminhados para os guardiões de fauna depois de passarem pelos Centros de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras). Lá, eles são avaliados após resgates, apreensões ou entregas voluntárias.
A categoria Guardião de Fauna se tornou uma alternativa para a guarda desses animais desde 2020, quando foi lançada. O programa evita desequilíbrios ecológicos ao evitar que animais sem condições sejam soltos em ambientes inadequados.
Maria Beatriz Resende, servidora da Coordenação de Fauna do Iema, explica que o Iema busca primeiro manter os animais com apoios externos, para depois disponibilizá-los para adoção.
“O Guardião de Fauna assume um papel importante e responsável quando não há outras opções viáveis, como mantenedores, zoológicos ou criadouros conservacionistas”, disse.
O processo de adoção de um animal dentro do programa exige o fornecimento de documentos, como RG, CPF, comprovante de residência, Certidão Negativa de Débitos Ambientais (CNDA) e um memorial descritivo do recinto onde o animal será mantido.
A estrutura deve ser adequada às necessidades e ao bem-estar da espécie. O Iema orienta sobre a alimentação necessária para cada animal e solicita um atestado de saúde anual, emitido por um médico veterinário.
Maria Beatriz Resende reforça que o processo de seleção dos Guardiões de Fauna é rigoroso. Caso o interessado não responda ao e-mail de disponibilização do animal dentro do prazo de sete dias, seu nome será colocado no final da lista de espera.
Além disso, cabe ao guardião arcar com os custos envolvidos, como a marcação do animal, que pode ser feita por anilha ou microchip, dependendo da espécie.
*Texto sob supervisão da editora Erika Santos