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Mãe faz vigília na praia após filha desaparecer no mar: "Não consigo sair daqui"

Layla Ferreira de Paula, de 19 anos, desapareceu no mar, na praia de Itaparica, em Vila Velha, no dia 24 de novembro

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Raquel Chagas Braga, mãe da jovem Layla Ferreira de Paula, de 19 anos, que desapareceu no mar, na praia de Itaparica, em Vila Velha, no dia 24 de novembro, continua as buscas pela filha mesmo passados 11 dias do desaparecimento. 

Ela e outros familiares se reúnem em uma barraca na praia onde a filha desapareceu e pedem ajuda a pessoas que possam auxiliar nas buscas por Layla. 

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"Quem tem embarcação, quem tem jet-ski, quem tiver todos os equipamentos que possam ajudar, como drone. Tem muitas pessoas que ajudam a gente, mas é uma extensão muito grande. Quem puder ajudar a encontrar minha filha, para pelo menos eu poder deitar, voltar para a minha casa, voltar para minha vida. Não consigo sair daqui, não consigo dormir. Gostaria de pelo menos enterrar minha filha", desabafou. 

Ainda segundo ela, os familiares vivem apenas para encontrar a jovem e levam até equipamentos para a praia, para manterem as buscas durante todo o dia. 

"É muito difícil para mim e para minha família, nós paramos a vida para estar aqui na beira da praia, tentando fazer buscas superficiais, trouxemos até corda, luva, porque se caso chover", disse. 

Layla desapareceu depois de entrar no mar com a amiga, Beatriz Araújo. De acordo com a família, Layla e a amiga decidiriam entrar no mar, mas a correnteza estava forte e elas foram arrastadas para o fundo. 

A amiga quase se afogou, mas foi resgatada. Layla não foi achada e continuou em alto mar. Beatriz também pede ajuda para que o corpo seja encontrado. 

"Eu espero muito que encontrem o corpo da minha amiga, porque isso está sendo uma tortura, está sendo bem difícil tanto para mim quanto para a família e eu espero que encontrem logo", relatou. 

O Corpo de Bombeiros informou que iniciou as buscas no dia do desaparecimento e que as operações se estenderam até a quarta-feira passada, mas como manda o protocolo internacional, as buscas devem ser finalizadas 96 horas após o início. 

*Com informações do repórter Rodrigo Schereder, da TV Vitória/Record