Sagui ameaçado de extinção é encontrado durante aula de biólogas
Biólogas encontraram o Sagui-da-Serra-Claro, espécie criticamente ameaçada, em reserva ambiental de Minas Gerais
Uma espécie criticamente ameaçada de extinção foi encontrada por pesquisadores do Instituto Terra em áreas de preservação ambiental no município de Aimorés, em Minas Gerais.
O Sagui-da-Serra-Claro (Callithrix flaviceps) foi observado pela primeira vez em 2023, nas margens do Córrego Constância, na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Bulcão.
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O animal foi encontrado pelas biólogas Claudia Aparecida Pimenta e Gabrielle Cesconete Babinsk, durante uma aula prática de uma disciplina sobre fauna silvestre.
A espécie foi catalogada e identificada. Segundo a bióloga Cláudia Pimenta, o primata, exclusivo da Mata Atlântica, é considerado “criticamente em perigo” pela Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
Devido a isso, é importante observar a ida natural do animal à reserva, que provavelmente foi ocasionada pela disponibilidade de abrigo e pela variedade de alimentos, como frutas, insetos, pequenos vertebrados, exsudatos de plantas (goma, seiva, látex), além de fungos e sementes.
Também foram realizadas expedições que identificaram um grupo de cinco indivíduos de Saguis-da-Serra-Claro (Callithrix flaviceps), sendo quatro adultos e um filhote.
A gerente de educação e pessoas Jeieli de Oliveira Capettini diz que o reflorestamento é importante para a volta dessas espécies a natureza.
“O reflorestamento é uma prática essencial para restaurar ecossistemas degradados e mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Mas, a verdadeira riqueza do reflorestamento vai além do plantio de mudas e de árvores e reside na diversidade de vida que podemos apoiar", disse.
Já o consultor sênior do Instituto Terra, José Almir, reforça a importância desse trabalho para a recuperação da diversidade biológica. Segundo ele, o Sagui-da-Serra, uma espécie endêmica da Mata Atlântica, está em situação de vulnerabilidade.
“Ele é um símbolo do equilíbrio que buscamos restabelecer em nossos ecossistemas. Por isso, existe a necessidade de angariar recursos para sustentação de projetos não só pontuais, mas a longo prazo, que envolvam parcerias científicas e até mesmo tecnológicas que fortaleçam os esforços locais e a contribuição para a manutenção da biodiversidade local ajudando a compreendermos a interação da fauna e proteção das espécies ameaçadas de extinção", afirma.