Cadê meu pet?

Cadê Meu Pet?

Saiba como proteger seus pets dos fogos de artifício do Ano Novo

O Folha Vitória conversou com o médico veterinário Yuri Prucoli, que explicou como o barulho dos fogos afeta os pets e o que os tutores podem fazer para protegê-los

Flávia Alessandra Martins

Redação Folha Vitória

Foto: Reprodução/ Dall-E

O final de ano é marcado por celebrações e queima de fogos de artifício, mas para os animais de estimação, esses momentos podem ser assustadores e até perigosos.

O Folha Vitória conversou com o médico veterinário Yuri Prucoli, especialista em clínica e cirurgia de pequenos animais, que explicou como o barulho intenso afeta os pets e o que os tutores podem fazer para protegê-los.

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Yuri Prucoli é veterinário

De acordo com ele, os animais, especialmente cães e gatos, possuem uma audição extremamente sensível, até sete vezes mais apurada do que a dos humanos. 

Essa característica, aliada ao instinto primitivo herdado de seus ancestrais selvagens, faz com que os sons altos sejam interpretados como uma ameaça, provocando reações como medo, desespero e, em casos extremos, até acidentes graves. 

É comum, por exemplo, relatos de animais que pulam de janelas, batem em vidros ou sofrem crises epiléticas por conta do estresse.

Para minimizar esses riscos, o veterinário recomenda que os tutores tomem medidas preventivas antes da queima de fogos começar. 

"Os animais que têm problema epilético, ou algo do tipo, têm que tomar o fenobarbital. Tem outras medidas que a gente pode fazer, como por exemplo, trancar o animal em um cômodo, colocar em uma sala de televisão com ela ligada, em um quarto ou um som um pouco mais alto que vai abafar o barulho dos fogos de artifício no exterior da casa e ele não vai sofrer com tanto esses estrondos."

Criar um ambiente seguro é fundamental. O ideal é colocar o animal em um cômodo fechado, sem janelas ou objetos que possam causar ferimentos. Ligar a televisão ou uma música em volume moderado também ajuda a abafar o som dos fogos e reduzir a ansiedade dos pets. 

Além disso, é essencial que o tutor esteja presente durante esses momentos, já que a companhia transmite segurança e conforto.

Em casos de animais mais sensíveis ou com problemas de saúde, como epilepsia, o uso de medicamentos calmantes pode ser indicado, sempre sob orientação veterinária. 

O veterinário cita opções como fenobarbital e benzodiazepínicos, que podem ser administrados de forma preventiva. Já para atenuar a sensibilidade auditiva, ele sugere o uso de tampões de algodão ou moldes de silicone adaptados ao ouvido dos cães.

Apesar de todas essas precauções, o ideal seria a adoção de práticas mais conscientes por parte da sociedade, como o uso de fogos silenciosos. 

“Os fogos tradicionais não afetam apenas os animais, mas também idosos e pessoas com condições neurológicas, como epilepsia e bipolaridade. Já passou da hora de substituí-los por alternativas menos agressivas, como luzes ou fogos que não emitem ruído”, reforça o veterinário.

Garantir o bem-estar dos pets durante as festividades é uma responsabilidade de todos os tutores. Com planejamento, cuidado e empatia, é possível celebrar o final de ano sem colocar em risco a saúde física e emocional dos nossos melhores amigos.

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