Protesto na BR-101: tumulto e correria durante confronto da Tropa de Choque com manifestantes
Por volta das 11h45, policiais atiraram balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que respondiam lançando pedras contra os policiais
Os manifestantes que bloqueiam os dois sentidos da BR-101, na Serra, entraram em confronto com policiais da Tropa de Choque da Polícia Rodoviária Federal (PRF), após mais de sete horas de bloqueio no quilômetro 263, altura do bairro Pitanga.
Por volta das 11h45, policiais atiraram balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que respondiam lançando pedras contra os policiais.
Pneus continuavam queimando na rodovia e o trânsito seguia bloqueado até o início da tarde desta segunda-feira (3). Durante o confronto, houve tumulto e correria. Ainda não há informações de feridos.
O protesto começou por volta das 5 horas, próximo ao Posto BKR. De acordo com informações passadas pela concessionária responsável pela via, a Eco101, o congestionamento chegou a cinco quilômetros no sentido Sul e dois quilômetros no sentido Norte.
Os manifestantes reivindicam que uma mineradora que fica no bairro pare de funcionar. Segundo os moradores, as atividades exercidas pela empresa poluem o solo e o ar, e causam doenças. Além disso, segundo os manifestantes, essas atividades destroem a vegetação e animais nativos da região. Eles também têm uma crítica à poluição visual do local e alegam que o bairro é o cartão postal do município.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) orienta que os motoristas evitem passar pela BR-101, na Serra.
Em nota, a prefeitura da Serra afirmou que, assim como os moradores, também é contra a instalação da empresa na região e informou que o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) é o responsável pela liberação da instalação da empresa.
Também em nota, o Iema informou que a solicitação de renovação de licença da empresa de mineração está em análise. Para emissão das licenças de operação, a empresa deve apresentar ao órgão a anuência da prefeitura da Serra. O Iema informou também que exige da empresa todas as medidas de controle ambiental necessárias para este tipo de atividade, entre elas, umectação, cortina vegetal e utilização de explosivos de baixo ruído.
A mineradora foi procurada, mas não se pronunciou até o fechamento desta reportagem.