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Capixabas vivem manhã de caos com paralisação, greve, trânsito e protestos

Os capixabas sofreu para pegar ônibus, táxi e chegar ao trabalho. O trânsito ficou congestionado em diversas vias da capital metropolitana. Protestos e greve afetaram a manhã da população

A população da Grande Vitória enfrentou, nesta terça-feira (30), uma manhã de protestos, greves e paralisações. Foi preciso ter paciência para suportar o caos. Os pontos de ônibus ficaram lotados, já que motoristas e cobradores realizaram uma paralisação, deixando a população sem transporte público no horário de pico da manhã.

Foto: Divulgação

Na Serra, os motoristas também sofreram. Moradores de uma zona rural protestaram e fecharam a BR-101. Com pneus em chamas e galhos de árvores, a população local reivindicou a presença de funcionários da Prefeitura do Município para dialogar sobre reintegração de posse.  Com o trânsito interditado, foi preciso procurar desvios para amenizar a situação.

No Centro de Vitória, momentos de tensão e de trânsito interditado fizeram parte do cenário da região nesta manhã. Uma passeata realizada pelos rodoviários parou a Avenida Vitória e a Avenida Jerônimo Monteiro no sentido Centro da Capital.  Além dos motoristas de ônibus e cobradores, manifestantes do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) se concentraram em frente ao Palácio Anchieta. Durante o protesto, a Tropa de Choque da Polícia Militar foi acionada e usou bombas de efeito moral para dispersar a manifestação. O protesto gerou congestionamento no trânsito e causou revolta nos motoristas que precisavam trafegar pelas vias.

Se o trânsito transformou a manhã dos capixabas em uma verdadeira confusão, os bancos também apresentaram motivos para colaborar com o transtorno. Bancários do Estado amanheceram de braços cruzados. Quem precisou utilizar os serviços, pode usar apenas os caixas eletrônicos das agências. As demais transações, como transferências, empréstimos e financiamentos foram todas suspensas. A greve dos bancários é por tempo indeterminado.

Com tantos imprevistos, o trânsito sofreu os reflexos da manhã turbulenta. Por vários pontos da Grande Vitória, motoristas enfrentaram congestionamentos e trânsito lento.

Quem tentou chegar no horário no trabalho e outros compromissos usando veículos de táxi, teve que ter sorte. Com a falta de coletivos, os taxistas viraram a primeira opção. Nos pontos de táxis espalhados pela Grande Vitória, foi difícil encontrar um carro disponível. Pelo serviço de Rádio Táxi, o cliente esperava cerca de uma hora para ser atendido.

Confira o raio-x do caos na vida dos capixabas

Ponto ficou lotado durante paralisação Foto: Divulgação

Rodoviários param e população sofre
No início desta terça-feira (30), os pontos de ônibus ficaram lotados e os terminais fechados. Após um atentado contra um motorista do Transcol na noite do último sábado (27), os motoristas de ônibus e cobradores realizaram uma paralisação.

O ato atingiu ônibus do sistema Transcol e de linhas municipais da viação Grande Vitória, que atende os bairros da capital, e Sanremo e Praia Sol, em Vila Velha. 

O movimento atingiu 100% da frota. Pelos menos 300 motoristas e cobradores foram impedidos dentro das garagens de sair às ruas para trabalhar.

Moradores pedem presença de funcionários da Prefeitura da Serra no local Foto: Divulgação

Protesto fecha BR-101
Por volta das 4 horas da manhã, um protesto na BR-101, na altura do quilômetro 253, próximo a região de Belvedere, na Serra, fechou as duas pistas da via.

Segundo Vagner Ferreira dos Santos, líder comunitário do local, os moradores da área protestaram contra um mandado de reintegração de posse de terrenos de Belvedere. O protesto acabou por volta das 10 horas da manhã.

Os servidores seguiram em passeata em direção ao Edifício Portugal, na sede do Iases Foto: Divulgação

Manifestantes são recebidos pela Tropa de Choque 

Por volta das 10 horas  da manhã, a Tropa de Choque da Polícia Militar foi acionada e usou bombas de efeito moral para dispersa manifestantes do Instituto e Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) que se concentravam na frente do Palácio Anchieta, bloqueando as vias das avenidas Jerônimo Monteiro e Getúlio Vargas, no centro de Vitória.

De acordo com a categoria, a manifestação reivindica condições mínimas de segurança para os trabalhadores nas unidades socioeducativas.

Rodoviários se reuniram na Praça do Papa antes da passeta Foto: Divulgação

Rodoviários protestam e param o Centro

A passeata de motoristas e cobradores de ônibus da Grande Vitória interditou a Avenida Vitória e a Avenida Jerônimo Monteiro no sentido Centro da Capital.

O destino dos rodoviários foi o Palácio Anchieta, onde aconteceu uma reunião com o governador Renato Casagrande e representantes da Secretaria de Segurança Pública.

 

Cerca de 380 agências no Espírito Santo foram paralisadas Foto: Divulgação

Bancários amanhecem de braços cruzados

Os bancários do Espírito Santo decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. Nesta terça-feira (30) apenas os terminais de auto-atendimento instalados no interior das agências estavam funcionando.

De acordo com o coordenador geral do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários-ES), Carlos Pereira de Araújo, as transações bancárias, como, contratos, empréstimos e financiamentos, estão paralisadas. 

O índice reivindicado pela categoria é de 12,5%, mas a Fenaban propôs um índice rebaixado de apenas 7% para salário, PLR e auxílios refeição, alimentação e creche, e 7,5% para o piso.

Taxistas lucram com paralisação dos rodoviários

Cerca de dois mil táxis fazem parte da frota da Grande Vitória.  Foto: Divulgação

Encontrar um encontrar um táxi foi algo difícil para a população nesta manhã. Nos pontos de táxis espalhados pela cidade, não se via veículos de transportes parados. De acordo com Evanildo Moreira, presidente do Sindicato dos Taxistas do Espírito Santo, a manhã de caos serviu para que os motoristas dos veículos faturassem.

"Realmente não temos mais táxis nos pontos. Amigos meus me relataram ter faturado mais de R$ 200,00 em pouco mais de duas horas”, afirmou.