Lama chega e captação de água do Rio Doce é interrompida em Colatina
De acordo com o prefeito do município Leonardo Deptulski, que sobrevoou o Rio Doce na região de Itapina, na manhã desta quarta-feira (18), a captação foi interrompida por volta de meia noite
O abastecimento de água do município de Colatina foi interrompido na madrugada desta quarta-feira (18).
De acordo com o prefeito do município Leonardo Deptulski, que sobrevoou o Rio Doce na região de Itapina, na manhã desta quarta-feira (18), a captação foi interrompida por volta da meia noite. “Sobrevoamos a região do Rio Doce. A onda de lama está chegando e Itapina, que fica a 20 km acima da cidade. Nós já interrompemos a captação de água. A partir de hoje (quarta-feira) já estaremos abastecendo os carros-pipa como planejamos e vamos aguardar as análises para podermos saber se há condições de voltar a captar direto do Rio Doce”.
Na última segunda-feira (16), a Samarco assinou um termo de compromisso com o Ministério Público se comprometendo a garantir pelo menos 42 litros de água potável por dia para cada morador. “Nós montamos uma estrutura para atender com água potável e estamos abastecendo nossas estações com carros-pipa para poder atingir essa meta. Começamos a executar esse plano e esperamos cumprir isso. A empresa tem dado todo o apoio nesse sentido”, disse Deptulski.
O prefeito falou sobre a estimativa da porcentagem da população que está sem abastecimento de água. “Nós vamos atender em torno de 30% do volume normal. Nós vamos contar com o apoio de todos para economizar água”.
Sobre a captação de água potável, Deptulski informou que os carros-pipa estão preparados. “É uma fase que estamos iniciando hoje (quarta-feira). Estamos com os carros-pipa cheios de água potável e na medida da necessidade nós vamos abastecendo”.
Os carros-pipa estão levando a água para as estações para realizar o tratamento. “Os carros-pipa captam essa água ‘bruta’ em mananciais que já preparamos para esse momento e levam para as estações de tratamento. Essa água pode ser distribuída através das adutoras ou é captada por carros para água potável e são transportadas para as comunidades mais desassistidas, ou nas pontas das linhas onde essa pressão chega com baixo volume de água”, explica o coronel da Defesa Civil, Fabiano Bonno.
Em Baixo Guandu
O motivo, segundo a prefeitura, é a sujeira encontrada na água que chegou à Aimorés, em Minas Gerais, município que faz divisa com o Espírito Santo. De acordo o Sistema de Comando de Operações, que reúne os órgãos que estão monitorando o Rio Doce.