Um grupo de pescadores realiza um protesto, desde a última quarta-feira (24), na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), em Baixo Guandu, noroeste do Espírito Santo.
Os manifestantes alegam que a Samarco não teria cumprido com o acordo de efetuar o pagamento aos pescadores, após o rompimento de uma barragem em Mariana, em Minas Gerais, cuja lama de rejeitos afetou todo o Rio o Doce.
Por meio de nota, a Vale informou que a Justiça decretou reintegração de posse para a empresa na noite da última quarta-feira, determinando que os manifestantes desocupassem a linha em 30 minutos a partir da reintegração.
Segundo a empresa, um grupo de moradores de Mascarenhas, distrito de Baixo Guandu ocupou a Estrada de Ferro impactando o tráfego ferroviário, e destacou que as reivindicações da população não têm relação com a operação da Estrada de Ferro Vitória a Minas.
A empresa disse ainda que mantém o canal de comunicação aberto com as comunidades, mas repudia qualquer tipo de manifestações violentas que coloquem em risco os passageiros, empregados e operações.
A Polícia Militar informou por meio de nota que acompanha a manifestação.
Proibição da pesca
Na página da mineradora foi publicado um comunicado, na última segunda-feira (22), sobre a proibição da pesca.
Por meio de nota, a Samarco informou que está em fase de conclusão o levantamento dos impactos sociais na Bacia do Doce que nortearão o plano de mitigação, com atenção especial às comunidades ribeirinhas. Disse ainda que continua a realizar o cadastro dos pescadores no Espírito Santo, incluindo o distrito de Mascarenhas. Essa ação inclui a análise dos critérios de elegibilidade para recebimento do cartão de auxílio. Atualmente, 2952 pessoas em Minas Gerais e no Espírito Santo recebem o cartão, em conformidade com o Termo de Compromisso assinado com o Ministério Público do Trabalho. A empresa reforça que possui um Posto de Atendimento à comunidade em Baixo Guandu.