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Ibama teme nova onda de lama no Rio Doce e no Espírito Santo

A previsão, de acordo com a presidente Suely Araujo, é de que cerca de dois milhões de metros cúbicos de rejeito e lama passariam para o Espírito Santo

Chuvas podem promover uma nova ‘onda de lama’ no Rio Doce até o litoral do ES Foto: Divulgação/Prefeitura

Em coletiva concedida a jornalistas sobre o balanço do rompimento das barragens da Samarco no município mineiro de Mariana, que causou 19 mortes e provocou o maior desastre natural no Brasil, a presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Suely Araújo, afirmou ao jornal Valor Econômico que as fortes chuvas previstas para os próximos meses podem gerar uma nova onda de rejeitos no Rio Doce. 

Ainda segundo a presidente, a lama depositada no rio pode alcançar o litoral capixaba. A previsão, de acordo com Suely Araujo, é de que cerca de dois milhões de metros cúbicos de rejeito e lama passariam para o Espírito Santo. A estimativa também está descrita no relatório do Ibama sobre rompimento da barragem, publicado no site da instituição.

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Atraso nas obras de contenção

O balanço divulgado na terça-feira pelo Ibama também aponta atraso na construção de obras para contenção de rejeitos e também no repasse de recursos a municípios para investimentos em saneamento.

A empresa diz manter equipes trabalhando 24 horas por dia na construção de uma série de barreiras e diques para conter eventuais deslizamentos de lama e rejeito neste período de chuvas e o carreamento desse material pelos rios. E diz que a maioria das obras estará pronta até o fim do ano.