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Projeto da Ufes recolhe macacos mortos e faz testes para identificar febre amarela

O Projeto Muriqui existe desde 2001 e a atenção do grupo se voltou aos macacos devido o surto de febre amarela. Os profissionais orientam como proceder ao encontrar um animal morto

Integrantes do projeto recolhem o animal ou o seu esqueleto para a realização de testes Foto: Reprodução

O Projeto Muriqui, que funciona no laboratório de Biologia na Ufes em Goiabeiras, Vitória, recebe informações e recolhe os macacos encontrados mortos pela população em qualquer localidade do Estado. O projeto formado por universitários e professores universitários tem parceria com a Sesa, veterinários e vigilantes ambientais. 

De acordo com Arthur Machado Gonçalves, aluno de doutorado em Biologia, o Projeto Muriqui voltou a atenção aos macacos devido o surto de febre amarela. O projeto existe desde 2001.

“Estamos divulgando para que as pessoas, ao encontrarem macacos doentes, agonizando ou mortos, liguem para a gente e nos passem informações sobre o animal, onde ele foi encontrado e nos envie uma foto do animal”, disse.

Arthur falo também que dependendo do estado do animal, uma equipe do projeto vai até o local e recolhe o bicho para a realização de testes. 

“Se o animal estiver doente ou agonizando, nós damos prioridade para o recolhimento. Então veterinários coletam sangue do bicho e nós realizamos testes com parte de vísceras para identificar a febre amarela. Todas as informações são repassadas para a Secretaria de Estado da Saúde”.

Artur orienta também que populares que encontram macacos mortos há dias não toquem no animal. “Orientamos a pessoa para que enterre o animal em um local em que não há risco de algum cachorro desenterrar o bicho e pedimos, ainda, que a pessoa marque o local. Em aproximadamente 40 dias uma equipe vai até o local para recolher o esqueleto do animal para a realização de testes”, afirmou.

Arthur informa que a maioria dos macacos encontrados mortos nas cidades do interior do Estado são da espécie Barbados, conhecidos popularmente como Bugios. “Essa espécie é mais suscetível à febre amarela e macacos de outras espécies podem ser contaminados também. Ainda não temos o número exato de quantos animais recolhemos e realizamos testes, mas acredito que o nosso trabalho irá aumentar com a divulgação do nosso projeto”, disse. 

Serviço

Projeto Muriqui

Telefone: 99630 – 2837