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Fecomércio aponta R$ 90 milhões em prejuízos para lojistas do Espírito Santo

A Fecomércio-ES pretende disponibilizar fundo de R$ 1 milhão em empréstimos sem juros aos empresários que foram prejudicados com a falta de policiamento

Segundo estimativas, foram cerca de 270 lojas saqueadas ou depredadas só na Grande Vitória Foto: Folha Vitória

O comércio acumula prejuízo de aproximadamente R$ 90 milhões em todo o Estado devido a falta de policiamento. O número é apontado pela Federação do Comércio e Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES).

A federação promete disponibilizar um fundo de  R$ 1 milhão aos lojistas que necessitarem fazer reparos emergenciais nos estabelecimentos que sofreram depredação durante a paralisação da Polícia Militar.

De acordo com o presidente da FecomercioES, José Lino Sepulcri, os casos serão analisados individualmente após a normalização da segurança do estado.

“Não serão cobrados juros e correções no pagamento do crédito. Os empresários terão até 90 dias para quitar o empréstimo", disse.

A Fecomércio-ES também pretende pleitear junto ao Governo empréstimo com juros subsidiados para atender aos lojistas, para reposição de seus estoques.  A estimativa é que o comércio do Espírito Santo tenha prejuízos em torno de R$ 45 milhões por dia, com as lojas fechadas. 

O número não leva em consideração as ocorrências de depredações e assaltos. O levantamento, realizado pela Fecomércio – ES, considera o PIB do comércio do Espírito Santo (IBGE-2014 atualizados pelo IPCA 2016) diário, como o valor máximo que poderia ser perdido pelo comércio em um dia parado e a quantidade de dias úteis perdidos. 

Mas o número pode ser ainda maior, já que a sensação de insegurança ainda é grande para o cliente retornar as lojas. Estima-se que o faturamento no mês de fevereiro caia em torno de 30%. 

Segundo estimativa, foram cerca de 270 lojas saqueadas ou depredadas até o momento só na Grande Vitória e o prejuízo com as depredações e saques gira em torno de R$ 20 milhões para os comerciantes capixabas. "Tem pequenos lojistas que encerrarão as suas atividades, porque o que tinha estava na loja", afirmou Sepulcri.