O presidente do Sindicato dos Rodoviários do Espírito Santo, Edson Bastos, declarou que a categoria se posiciona contra a instalação do ‘botão do pânico’ nos ônibus do sistema municipal de Vitória e não descarta possibilidade de paralisação em caso de aprovação da lei.
Para ele, o dispositivo pode colocar em risco a segurança do trabalhador, uma vez que eles podem sofrer ainda mais ameaças por parte de responsáveis pelos assaltos nos veículos. Outra preocupação é que, caso aprovada, a regra também passe a valer nos veículos do sistema Transcol.
Edson afirma que vereadores de outros municípios já tiveram ideias parecidas, mas desistiram após uma conversa com a categoria. Ele ainda alega que há outras formas de garantir a segurança nos coletivos. “Em Vitória temos poucos veículos. É possível trabalhar com câmeras ligadas ao videomonitoramento da capital ou haver uma ação da guarda municipal”, disse.
De acordo com o presidente, um ofício com a posição do sindicato será encaminhado para o prefeito de Vitória, Luciano Rezende. Uma assembléia com todos os trabalhadores da classe também será marcada.
Um motorista, que preferiu não ser identificado, disse que a proposta do projeto é boa, mas concorda que isso pode ser mais perigoso para eles. “O ideal seria um dispositivo que acionasse o sistema GPS na empresa ou um aplicativo para que os passageiros possam pedir socorro em caso de assalto”, opinou.
O projeto, proposto pelo vereador Denninho Silva (PPS), foi votado e aprovado por unanimidade, durante uma sessão ordinária da câmara de Vitória na última quinta-feira (16). Se sancionado, as empresas devem instalar um botão ou outro dispositivo de alerta de crimes e a bandeira dos ônibus devem exibir um letreiro que alerte para assalto nos coletivos.
Procurada, a Prefeitura de Vitória informou, por meio de nota, que só vai se pronunciar a respeito do assunto depois que o projeto for protocolado no Poder Executivo e tramitar por todas as secretarias afins.