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Criança se recupera após cair dentro de máquina de lavar em Brejetuba

Isabelli Rocha Rezende, de 3 anos, continua internada no Hospital Infantil de Vitória, mas evolui a cada momento. Segundo os bombeiros, ação rápida da mãe fez toda a diferença

Criança continua internada, mas está se recuperando bem Foto: Reprodução

A menina de 3 anos que caiu dentro de uma máquina de lavar roupas na última terça-feira (16), em Brejetuba, no sul do Estado, continua internada no Hospital Infantil de Vitória, mas, segundo a família, se recupera bem. A mãe da pequena Isabelli Rocha Rezende, Kezia Rocha Ramos conversou com a equipe da TV Vitória/Record TV nesta quarta-feira (17) e disse que o estado de saúde da menina está melhorando a cada momento.

“Ela já abriu o olho e eu só quero ficar pertinho dela. Quando chegaram com ela, o batimento cardíaco dela estava muito fraquinho. Ela estava respirando com muita dificuldade”, lembra.

O acidente aconteceu dentro da casa da familia, na zona rural de Brejetuba. Kezia, grávida de oito meses, contou que estava preparando o almoço e não viu quando a criança se aproximou da máquina. Foi ela quem prestou os primeiros socorros à filha, na noite de terça.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a ação rápida da mãe, que fez manobras de ressuscitação na filha, foi o diferencial para salvar a criança.

Kezia prestou os primeiros socorros à filha Foto: TV Vitória

“A mãe estava cuidando da criança, tanto que ela percebeu sua ausência num prazo muito rápido. Deu tempo dela chegar até o tanque e retirar a criança. Ela tinha um conhecimento básico de atendimento pré-hospitalar, conseguiu reanimar imediatamente a criança e encaminhar ao ambiente hospitalar”, ressaltou o tenente-coronel Carlos Wagner, do Corpo de Bombeiros.

O tenente-coronel destacou ainda que o grande risco do afogamento é a possibilidade de morte rápida da vítima. Além disso, segundo ele, quanto mais demorado o socorro, maior o risco de sequelas.

“No caso de um afogamento, você deixa de respirar. Uma pessoa, quando está até cinco minutos sem respirar, você consegue fazer a reanimação dela através da insuflação boca-a-boca e das massagens cardíacas e ela consegue voltar, sem o aparecimento de sequelas. De cinco a dez minutos, você também consegue reanimar essa vítima, mas aí já com aparecimento de sequelas. E acima de dez minutos, sem o cérebro ter a oxigenação, essa pessoa já entra no quadro de morte cerebral”, explicou. 

De acordo com o tenente-coronel, os afogamentos não são os acidentes domésticos mais frequentes com crianças, mas os registros têm aumentado. “Isso nos preocupa bastante, porque nós entendemos que os pais devem estar muito atentos, devem realmente cuidar dessa criança. Seja pai ou seja o cuidador que estiver responsável por ela, nunca deixar essa criança sozinha. É precisou prestar bastante atenção, mesmo no ambiente doméstico”, orientou.

Kezia reconhece a necessidade de redobrar atenção com a criança. “Um minuto de distração é uma vida. Eu quase perdi minha filha, mas Deus não deixou e ela está aí”, comemorou.